Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Commodities

China aumentará reservas de carne suína com objetivo de monitorar preços

Autoridades locais também podem armazenar carne de porco congelada ou suínos vivos

Pigs who are photographed on one of farms
Pigs who are photographed on one of farms

A China, maior consumidora e produtora mundial de carne suína, planeja expandir os estoques estatais da proteína para reforçar o controle sobre o mercado, comprando quando os preços estão baixos e vendendo na alta.

A medida coincide com um salto da inflação ao produtor no país em maio, que atingiu o nível mais alto desde 2008, e com a promessa do governo de aumentar a oferta de bens de consumo essenciais para manter os preços sob controle.

Carne suína, milho, trigo, óleos comestíveis e vegetais estão entre os principais itens na lista de controle de preços.

Embora os preços da carne suína tenham caído este ano, em 2019 subiram para um recorde e aceleraram a inflação dos alimentos na época, marcada pelo surto de peste suína africana que reduziu o número de suínos na China quase pela metade.

A China estabelecerá um sistema temporário de reservas de carne suína juntamente com os estoques estatais convencionais, o que permitirá ao governo estocar carne sempre que os preços domésticos caírem “excessivamente” e vender suprimentos quando necessário para esfriar quaisquer altas de preços, disse na quarta-feira a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês).

A comissão não especificou o tamanho das reservas, mas disse que “aumentarão significativamente” em relação aos níveis anteriores, aumentando a capacidade regulatória do governo.

Além do governo central, autoridades locais também podem armazenar carne de porco congelada ou suínos vivos, sendo que o produto congelado não pode ficar abaixo de 50% do estoque total, de acordo com as regras revisadas publicadas pela comissão.

O governo também criará um sistema de alerta para gerenciar o momento de compra e venda das reservas e orientar produtores sobre as decisões de reabastecimento e venda, disse a comissão.

A NDRC espera que os plantéis de suínos disponíveis para abate sejam normalizados no segundo semestre, enquanto o número de porcas reprodutoras já está quase no nível normal, segundo a agência.