O sol praticamente brilha o ano todo no Rio Grande do Norte. E por que não usar essa rica fonte de energia para produzir mais, com sustentabilidade e menos custo? Foi o que fez a Acquaforte, indústria de reciclagem e reaproveitamento de material plástico, em São José de Mipibu, localizada a 30 km de Natal, a Cidade do Sol. A empresa investiu R$ 2 milhões para instalar a sua própria usina de geração de energia fotovoltaica em seu complexo industrial e, em cerca de um ano, já reduziu em 70% os gastos com energia elétrica.
Apaixonada por produção sustentável, a empresa confecciona desde matéria-prima a partir de plástico e outros materiais reciclados de diferentes cores até produtos finais. São produzidos a cada ano mais de 9 mil itens entre artefatos de uso pessoal, doméstico e material para construção civil, como tubulações. Nesse processo, a eletricidade, usada principalmente para movimentar maquinários, representava um dos maiores custos mensais da empresa, consumindo cerca de 20% das despesas operacionais.
Assim, para reduzir os gastos com a conta de luz, a Acquaforte resolveu implementar uma usina de geração própria de energia solar. O projeto foi desenvolvido pela Enerbras, empresa sediada em Natal e pioneira na implantação de soluções fotovoltaicas na região, e consistiu na instalação de 12 inversores fotovoltaicos Eco 27 Fronius, com potência de 447kw de energia e capacidade de gerar 700 mil kWh de eletricidade por ano.
O sistema, em operação desde julho de 2020, permitiu à Acquaforte reduzir a tarifa mensal, que antes era de R$ 50 mil, para cerca de R$ 15 mil. Segundo Helder Ferreira, diretor geral da Enerbras, a economia ainda pode chegar à casa dos 80% e o usuário pode obter o retorno do investimento em cinco anos.
“A Acquaforte é uma empresa bem consciente com a questão ambiental. Com o sistema de geração de energia solar, queríamos, além de gerar economia, promover um forte impacto à imagem dos nossos produtos no mercado. Hoje, os nossos clientes sabem que tem energia verde por trás do sucesso dos nossos produtos”, afirma Modesto Azevedo, presidente da empresa.
Para Alexandre Borin, gerente da unidade solar da Fronius do Brasil, a Acquaforte mostrou que é uma indústria consciente do seu papel na nova economia verde do século XXI, investiu em sua própria geração renovável, poupando os recursos do planeta para as futuras gerações. “Isso gerou um diferencial competitivo para o seu negócio no mercado aumentando a percepção de valor no seu produto pelo seu cliente. E a Fronius se orgulha muito de fazer parte dessa história de sucesso junto com a Enerbras”, afirma.