De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (09/03) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), – o dólar em patamar recorde segue elevando os preços da soja no mercado brasileiro, à medida que torna o grão mais atrativo aos importadores.
Entre 28 de fevereiro e 6 de março, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ Paraná subiram expressivos 3,2% e 4,1%, com respectivos fechamentos a R$ 92,80/sc de 60 kg e a R$ 86,32/sc, na sexta-feira, 6. Esses são os maiores patamares nominais desde o início de outubro de 2018. Na sexta-feira, a moeda norte-americana atingiu R$ 4,629, expressiva valorização de 3% se comparada à sexta-feira anterior.
Segundo colaboradores do Cepea, apesar das altas, parte dos sojicultores esteve focada na colheita da oleaginosa, preferindo aguardar novas valorizações para negociar maiores volumes. A cautela dos vendedores está fundamentada também na possível redução da oferta do complexo soja da Argentina no mercado internacional, que pode favorecer as vendas brasileiras.
O aumento da taxa sobre as exportações (“retenciones”) de soja e derivados foi oficializado e entrou em vigor na quinta-feira, 5 – a alíquota passou de 30% para 33%. Como a Argentina é a principal exportadora mundial de farelo e óleo de soja, o aumento no tributo desse país pode levar os consumidores internacionais a adquirir maiores volumes do Brasil e dos Estados Unidos