O mercado brasileiro de milho voltou a registrar aumento de preços nesta semana, especialmente em São Paulo, diante da postura mais retraída por parte de produtores e cooperativas.
De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a maior concentração na colheita e no escoamento da soja, contribuiu para um encurtamento nos estoques do cereal e para a alta nas cotações. O preço médio pago pela saca de milho no país ficou em R$ 34,89 nesta quinta-feira (19), alta de 0,64% em relação à semana passada, de R$ 34,67. Por outro lado, em algumas partes do Brasil, como na Região Sul, onde a colheita de milho avança em melhor ritmo, os preços cederam.
No porto de Santos, a referência ficou em R$ 32,00 a saca para o disponível na quinta-feira (19), contra R$ 30,50 da última semana. Em Paranaguá, a indicação também subiu de R$ 30,50 para R$ 32,00 a saca. No Paraná, a cotação ficou em R$ 32,00, sem alterações na semana. Em São Paulo, o preço passou de R$ 32,00 para R$ 35,00 a saca. Em Campinas, o preço da saca variou entre R$ 37,00 e 37,50 a saca, contra R$ 35,00 da última semana.
No Rio Grande do Sul, preço ficou entre R$ 30,00 e R$ 31,00, ante os R$ 32,00 por saca da última semana. Em Minas Gerais, preço variou entre R$ 35,00 e R$ 36,00, ante os R$ 35,00 da última semana. Em Goiás, preço variou de R$ 32,00 a R$ 33,00, ante os R$ 33,00 da semana passada. Em Mato Grosso, o preço não registrou variação na semana, ficando entre R$ 24,00 a R$ 28,00 a saca.
Exportações
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 76,2 milhões em janeiro (10 dias úteis), com média diária de US$ 7,6 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 442,3 mil toneladas, com média de 44,2 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 172,30.
Na comparação com a média diária de dezembro, houve uma retração de 2,6% no valor médio exportado, uma baixa de 3,2% na quantidade média diária e ganho de 0,7% no preço médio. Na comparação com janeiro de 2016, houve perda de 79,1% no valor médio diário exportado, retração de 80,1% na quantidade média diária e valorização de 4,6% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.