Em visita à sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na terça (04/07), o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, propôs ao presidente da entidade, João Martins, a criação de um grupo para acompanhar a atividade do setor frigorífico, que vive uma situação de crise desde a delação premiada do empresário Joesley Batista, acionista controlador do grupo JBS.
Também participaram do encontro o presidente do Instituto CNA, Roberto Brant, e os presidentes das Federações da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso, Normando Corral, de Mato Grosso do Sul, Maurício Saito, e de Goiás, José Mário Schreiner. Em nome dos pecuaristas, eles se mostraram preocupados com a situação financeira do grupo JBS e com a estabilidade da cadeia produtiva da carne.
Os participantes da reunião defenderam uma solução para o problema do setor frigorífico que dê segurança ao produtor. Basicamente, o presidente do BNDES e os representantes do Sistema CNA propõem que a JBS volte, o mais rapidamente possível, a um quadro de normalidade econômica e de excelência em governança empresarial. Como se sabe, o BNDES é o segundo maior acionista da empresa, com 21,32 % de participação acionária.
Os representantes da CNA consideram necessário separar a empresa de seus controladores atuais. Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso, Normando Corral, “a empresa é importante no contexto da indústria frigorífica e é fundamental que sua estrutura seja preservada”.