Com as novas regras do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a regulação do uso de antibióticos para animais em 2018, os produtores e empresas precisam se adequar às exigências. Segundo a entidade, a utilização desses compostos apresenta risco de proliferação de bactérias resistentes que são prejudiciais à saúde humana e animal. Desta forma, avicultores e suinocultores que querem se antecipar e buscar por mais oportunidades no mercado já estão utilizando aditivos naturais para favorecer o sistema imunológico e prevenir a proliferação de doenças.
De acordo com uma pesquisa da Alltech, empresa do setor de saúde e nutrição animal, 47 países já têm ou estão em processo de implantação de políticas que visam restringir o uso de antibióticos em dietas animais.Esse é o caso do produtor de aves Gustavo Tsuru, de Bastos (SP). Para ele, a não utilização de antibióticos já é realidade posta em prática há algum tempo. “Optamos pelo uso de probióticos, prebióticos e aditivos naturais para melhorar a integridade intestinal e o desempenho dos animais. Para nós, não é novidade, mas com as normativas entrando em vigor será muito positivo já que estamos em uma região com alta densidade de aves. Por isso, é preciso que todos tenham esse cuidado para garantir a sanidade da produção”, afirma.
Segundo o gerente da equipe de Aves da Alltech do Brasil, Felipe Fagundes, o comportamento dos produtores brasileiros está se antecipando cada vez mais às exigências regulatórias e de mercado. “Além da questão da regulamentação, que vai obrigar os produtores a se enquadrarem às normativas, existe o lado do consumidor. Na medida em que mais informações são divulgadas, o consumidor percebe que deve exigir uma carne que tenha sustentabilidade no seu meio de produção”, explica. O especialista conta também que as empresas que querem sair na frente já utilizam alternativas como frações ativas de mananas em substituição aos antibióticos, o que é um diferencial.