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BRF tem queda de 91,5% no lucro líquido no primeiro trimestre

Valor foi de R$ 39 milhões, segundo balanço divulgado nesta quinta. Resultado refletiu alta das despesas e variação do câmbio.

BRF tem queda de 91,5% no lucro líquido no primeiro trimestre

O lucro líquido da BRF, maior exportadora de carne de frango do mundo e uma das maiores fabricantes de alimentos processados do país, recuou 91,5% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2015, para R$ 39 milhões.

O resultado refletiu um forte aumento das despesas financeiras, principalmente devido à variação cambial, e também uma piora do resultado operacional.

O resultado financeiro da companhia ficou negativo em R$ 604 milhões, ante R$ 108 milhões negativos um ano antes, disse a companhia em seu relatório de resultados. Somente com a variação cambial, a empresa perdeu R$ 202 milhões no trimestre.

“Nosso lucro líquido foi negativamente impactado pela despesa financeira líquida apurada no trimestre e por uma maior taxa efetiva de imposto”, disse a companhia.

O resultado operacional recuou 29,1% ante o primeiro trimestre de 2015, para R$ 689 milhões, apesar do aumento da receita líquida, em meio a um forte aumento das despesas.

A companhia afirmou que o primeiro trimestre foi marcado por “um cenário extremamente adverso em todas as regiões”, elencando produção de frango recorde no Brasil, que pressionou preços e margens. Já o preço do milho, um dos principais insumos na produção de frango, subiu 30% em relação ao final de 2015.

“Em paralelo, no Brasil, o cenário econômico segue desacelerando e impactando o consumo das famílias”, acrescentou a BRF.

A receita líquida da empresa cresceu 15,2% ano a ano e encerrou o trimestre em R$ 8,12 bilhões. O resultado foi impulsionado pela alta de 11,5% dos preços e de 3,4% dos volumes, disse. “Além do crescimento orgânico, o resultado foi potencializado pelas habilitações de novas plantas para exportação e também pelas recentes aquisições (com destaque para Universal e GFS) cujos resultados foram parcialmente consolidados no primeiro trimestre”, afirmou.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) fechou o trimestre em R$ 1,025 bilhão, 7,8% acima do obtido no mesmo período de 2015.