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Bem - Estar

Burger King anuncia transição para ovos e carne suína livres de gaiolas até 2025

A rede de restaurantes Burger King - através da sua empresa controladora, a Restaurant Brands International (RBI) - se comprometeu a comprar exclusivamente ovos e carne suína livres de gaiolas para toda a sua cadeia de fornecimento na América Latina até 2025

Burger King anuncia transição para ovos e carne suína livres de gaiolas até 2025

A rede de restaurantes Burger King – através da sua empresa controladora, a Restaurant Brands International (RBI) – se comprometeu a comprar exclusivamente ovos e carne suína livres de gaiolas para toda a sua cadeia de fornecimento na América Latina até 2025, o que inclui o Brasil. No país, a rede atingirá, até o final deste ano, 480 pontos de venda.

No início deste ano, a rede de restaurantes de fast foods comprometeu a comprar apenas ovos livres de gaiolas para abastecer sua cadeia global de fornecimento. Entretanto, essa é a primeira vez que a empresa anuncia um prazo para completar a transição na América Latina. O anúncio de hoje também inclui um compromisso de somente comprar carne suína livre de gaiolas de gestação na região. A Humane Society International (HSI) está trabalhando com a RBI e outras grandes empresas do setor alimentício na transição para cadeias de fornecimento livres de gaiolas para galinhas e porcas.

Elissa Lane, vice-diretora do departamento global de animais de produção da HSI, disse: “O bem-estar animal já se tornou uma questão prioritária de responsabilidade social corporativa na América Latina e no mundo. Nós aplaudimos a Restaurant Brands International por sua liderança e por trabalhar conosco para melhorar as condições dos animais na produção de alimentos”.

Na sua declaração sobre a nova política, a Restaurant Brands International disse: “Na Restaurant Brands International (RBI), o bem-estar animal é uma questão de importância para nós e para nossas partes interessadas, incluindo os donos dos nossos restaurantes, fornecedores e clientes…embora não estejamos diretamente envolvidos na criação, manejo, transporte e processamento de animais, consideramos que o bem-estar animal deve ser aplicado em todos os aspectos da produção animal dentro da nossa cadeia de fornecimento. Continuamos engajados com nossos parceiros da Humane Society dos Estados Unidos e da Humane Society International para entender melhor essas e outras questões relacionadas ao tema”.

 No Brasil e em toda a América Latina, a maioria das galinhas poedeiras é confinada em gaiolas de arame – chamadas de gaiolas em bateria. Elas são tão pequenas que os animais não podem sequer esticar completamente suas asas. Cada galinha tem aproximadamente o espaço de um iPad para viver toda a sua vida. Porcas reprodutoras também são confinadas por praticamente toda a vida, ou até quatro anos, em gaiolas individuais – chamadas celas de gestação – tão pequenas que não permitem que as porcas sequer se virem dentro delas ou deem mais do que um passo para frente ou para trás.

O mundo está se afastando das gaiolas em bateria e das gaiolas de gestação, e o movimento livre de gaiolas está rapidamente se espalhando pela América Latina. A HSI tem trabalhando com líderes do setor alimentício em suas recentes políticas livres de gaiolas em bateria, incluindo a Sodexo e o Compass Group (GRSA no Brasil), as maiores empresas de food service no mundo; Alsea – a maior operadora de restaurantes na América Latina -, Grupo Bimbo, Grupo Toks e CMR. Em 2014, a HSI trabalhou com a Arcos Dorados, a maior franqueadora do McDonald’s na América Latina e no mundo, na adoção de uma política de compra de carne suína livre de gaiolas de gestação. Os três maiores produtores de suínos no Brasil, BRF, JBS e Aurora Alimentos, também anunciaram que migrarão para sistemas de alojamento coletivo para matrizes suínas.