O mercado brasileiro de frango encerra uma semana marcada por poucas mudanças nos preços pagos aos produtores pelo quilo vivo. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, foram observadas mudanças apenas em Santa Catarina e no Paraná, decorrentes de uma maior reposição por parte dos frigoríficos. “De modo geral a demanda segue positiva no mercado interno, mas o setor não tem encontrado forças para esboçar reações nos preços”, afirma.
Iglesias salienta que essa dificuldade pode estar relacionada ao excesso de oferta interna, uma vez que as exportações não vêm conseguindo manter o mesmo ritmo de meses anteriores. “Apesar de estar indicando uma certa recuperação ante o resultado de outubro, os embarques acumulados até agora estão inferiores aos registrados em novembro do ano passado. Essa redução pode estar relacionada ao fator cambial”, comenta.
Levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicou que as exportações de carne de frango “in natura” do Brasil renderam US$ 281,8 milhões em novembro (12 dias úteis), com média diária de US$ 23,5 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 180,6 mil toneladas, com média diária de 15 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.560,90.
Na comparação com outubro, houve ganho de 9,7% no valor total exportado, alta de 8,9% na quantidade total e valorização de 0,7% no preço médio. Em relação a novembro de 2015, houve baixa de 8,5% no valor total exportado, perda de 12,4% na quantidade total e valorização de 4,4% no preço.
Para Iglesias, se o ritmo atual de embarques in natura for mantido, é possível que os embarques de novembro fiquem ao redor de 340 mil toneladas. “Para quem já embarcou em torno de 400 mil toneladas, esse volume poderia ser considerado fraco” avalia.
Em termos de mercado interno, ao longo da semana, os preços tiveram estabilidade em São Paulo, tanto no atacado quanto na distribuição. Para os produtos congelados, o quilo do peito na distribuição seguiu em R$ 4,95, o quilo da asa em R$ 7,15 e o quilo da coxa em R$ 4,75. No atacado, o quilo do peito continuou em R$ 4,85, o da asa em R$ 7,00 e o quilo da coxa em R$ 4,65.
Nos cortes resfriados, Iglesias afirma que também houve estabilidade. O preço do quilo peito na distribuição seguiu em R$ 5,15, o da coxa em R$ 4,90 e o da asa em R$ 7,25. No atacado, o preço do quilo do peito continuou em R$ 4,95, o quilo da coxa em R$ 4,70 e o do quilo da asa em R$ 7,10.
O levantamento realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que em Minas Gerais a cotação do quilo vivo seguiu em R$ 3,30. Em São Paulo o quilo vivo permaneceu em R$ 3,10.
Na integração catarinense a cotação do frango subiu de R$ 2,95 para R$ 3,00. No oeste do Paraná o preço foi cotado a R$ 3,00, contra R$ 2,95 da semana anterior. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo permaneceu em R$ 3,00.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango foi mantido em R$ 3,20. No Distrito Federal o quilo vivo foi cotado a R$ 3,30, sem alterações frente à semana anterior. Em Goiás o quilo vivo permaneceu em R$ 3,25.
Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 4,70. No Ceará a cotação do quilo vivo permaneceu em R$ 4,70, enquanto no Pará o quilo vivo foi mantido em R$ 4,90.