Hoje, na criação de suínos comerciais, a alimentação representa cerca de 70% dos custos de produção. Diante deste representativo custo, os produtores buscam otimizar os índices zootécnicos e maior retorno financeiro. Mas para alcançar este objetivo, é necessário atender às exigências dos animais e explorar ao máximo o potencial nutricional dos alimentos. Neste contexto o uso de enzimas nas rações aumenta a digestibilidade dos alimentos, possibilitando um melhor aproveitamento dos nutrientes e, consequentemente, minimiza os custos ao produtor.
As enzimas têm como principal função facilitar a digestão. São substâncias naturais envolvidas em todos os processos bioquímicos que ocorrem nas células vivas. De maneira resumida, são proteínas que atuam como catalisadoras de processos biológicos, isto é, aumentam a velocidade da reação bioquímica sem se deixarem consumir. Na nutrição animal a suplementação de enzimas tem se tornado comum nas últimas décadas, por proporcionar benefícios para o animal e ao meio ambiente.
As enzimas utilizadas na alimentação animal são produzidas industrialmente por laboratórios especializados, por meio de culturas de microorganismos, derivadas da fermentação fúngica, bacteriana e de leveduras. As principais são: fitase, xilanase, protease, amilase, lípase, glucanases, celulase e β Mananases, que atuam no aumento da digestibilidade dos nutrientes dos alimentos e dos polissacarídeos não amiláceos, além da redução dos efeitos antinutricionais, maximizando o aproveitamento da proteína, energia e fósforo que são os nutrientes de maior valor dentro do custo de formulação.
A suplementação enzimática melhora a digestão/absorção de ingredientes convencionais e não convencionais; remoção ou destruição dos fatores antinutricionais presentes nos grãos; aumento da digestibilidade total da ração; melhoria da digestibilidade dos chamados polissacarídeos não amiláceos. Estes PNA’s – polissacarídeos não-amiláceos – são fibras não digestíveis, que pouco adicionam ao valor nutritivo do ingrediente, e podem, na verdade reduzir a disponibilidade geral dos nutrientes ao criarem um ambiente de difícil atuação das enzimas endógenas. Desta forma, potencializam a ação de enzimas endógenas, o que resulta em melhores índices zootécnicos e fezes mais secas e sem resíduo de alimento.
A fitase em termos práticos proporciona a redução da inclusão de fontes de fósforo inorgânico e/ou orgânico, como o fosfato bicálcico e farinha de carne. Evita que o fósforo, cálcio, zinco, magnésio e aminoácidos tenham o aproveitamento reduzido pela presença excessiva de fitato no trato gastrointestinal, permitindo que os dois objetivos sejam alcançados: atender as necessidades de fósforo e diminuir a excreção de fósforo e nitrogênio no meio ambiente. Esta ação minimiza o impacto ambiental, impedindo que o fósforo vegetal (oriundo dos alimentos) seja eliminado nas fezes sem ser aproveitado pelo organismo.
Este processo acontece porque no sistema gastrointestinal o ácido fítico se liga com minerais, proteínas e enzimas, formando o fitato. Este, por sua vez, impede que componentes importantes para o desenvolvimento dos animais sejam aproveitados pelo animal, sendo excretados através das fezes. Além de limitar a disponibilidade do fósforo, o fitato aumenta a secreção de muco no intestino, o que interfere nos sistemas de absorção de nutrientes.
Considerando que o custo com a alimentação representa aproximadamente 70% dos custos de produção, as enzimas são uma das principais ferramentas nutricionais para a redução nos custos da produção de proteína animal de aves e suínos, além de contribuir com uma produção mais sustentável pela maximização do aproveitamento dos nutrientes presentes nos ingredientes convencionais e não convencionais. Conhecer a ação das enzimas sobre seu substrato, aliado aos aspectos econômicos serão as formas mais coerentes de utilização deste aditivo na nutrição animal.
A empresa de nutrição animal Guabi também adiciona em suas rações enzimas com objetivo de maximizar o potencial dos animais. Além das enzimas, a empresa busca utilizar em sua linha de produtos matérias-primas nobres, de alta digestibilidade e com balanceamento ideal de aminoácidos (lisina, metionina, treonina, triptofano, dentre outros), fundamental para o melhor desempenho dos animais.