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Economia

Emergentes atraem investimentos em energia renovável

Conclusão é de pesquisa da consultoria EY, que elabora um índice global de atratividade para investimentos no segmento.

Emergentes atraem investimentos em energia renovável

Os mercados emergentes, como Brasil, África do Sul, Chile, Turquia e Tailândia, se tornaram mais atraentes para os investidores em energias renováveis, enquanto os empreendedores saíram ou abandonaram projetos nos países desenvolvidos, como EUA, Reino Unido, Alemanha e Austrália, de acordo com pesquisa elaborada pela consultoria EY (ex- Ernst & Young).

A consultoria elabora um índice de atratividade para investimentos em energia renovável (conhecido pela sigla em inglês Recai). O Brasil está em 14º lugar na lista, dentre os 40 mercados avaliados.

Os EUA ainda ocupam o primeiro lugar, mesmo com as incertezas em relação à política energética do país. “Enquanto o país lançou recentemente o primeiro banco verde de Nova York, para alavancar pelo menos US$ 1 bilhão em investimentos privados para projetos de energia limpa, as preocupações quanto ao impacto dos preços do petróleo de xisto e a falta de uma política energética de longo prazo preocupam os investidores”, afirma a consultoria.

Apesar de não estarem entre as dez primeiras posições do ranking trimestral de atratividade de investimentos em energia renovável, os países da América do Sul continuam expandindo a presença no setor. A EY cita o Brasil, onde em 2013 entraram em operação 3 GW de capacidade instalada em energia renovável, e quase 40 GW de projetos se inscreveram para leilões em novembro e dezembro.

O estudo atribui a ascensão dos mercados emergentes à adoção de políticas energéticas mais estáveis e confiáveis. “De um lado, temos os países que estão revendo suas políticas energéticas, o que está levando à incerteza. Do outro lado, temos países que estão atraindo investidores pela implantação em larga escala de energia renovável e eliminação de barreiras, conforme vemos em mercados emergentes como o Brasil e a África do Sul”, afirma o diretor global de energia renovável da EY, Gil Forer.

Outro destaque é o Chile, que continua a atrair projetos de grande escala, incluindo o maior sistema de energia solar não subsidiado do mundo. Além disso, o governo chileno dobrou a meta de 20% de energia renovável até 2025. Além dos EUA, outro mercado com incertezas é o alemão, onde há pressão do setor elétrico para rever subsídios para energia renováveis. No Reino Unido, o aumento das contas de energia trouxe insegurança aos investidores.