A russa Rosatom confirmou a possibilidade de trabalho conjunto no Brasil para a construção de novos blocos para energia nuclear, tendo em vista a seleção de áreas para projetos do segmento efetuado pelo governo brasileiro.
Sua subsidiária, a Rusatom Overseas assinou um acordo bastante amplo com a Camargo Correa, não só no Brasil, mas também na América Latina. O acordo prevê o compartilhamento de cooperação na construção de instalações para a atual usina nuclear de Angra 3.
Segundo Sergey Kirienko, diretor-geral da companhia, “a América Latina é um novo, mas interessante mercado. Sendo assim, a empresa precisa de um parceiro estratégico de confiança”.
O acordo também prevê possibilidade de trabalho conjunto na construção de novos blocos, já que o Brasil está selecionando áreas para isso ativamente ” – disse S. Kiriyenko. Segundo ele, para Rosatom, a América Latina é um novo, mas interessante mercado. Sendo assim, a empresa precisa de um parceiro estratégico de confiança.
A parceria entre russos e brasileiros no setor nuclear é antiga, assim como o interesse da Rosatom no mercado brasileiro. Em 1994, as duas nações firmaram um acordo pelo uso pacífico da energia atômica. Depois disso, em 2009, um memorando de entendimentos foi assinado e em 2011, a Rusatom Overseas passou a integrar a Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan).
No último trimestre de 2013, com a indicação do Brasil para a abertura no setor, com a permissão de participação da iniciativa privada nos certames, a Rosatom já anunciava planos para possíveis leilões de térmicas nucleares, previstos para acontecer até 2030.