O sábado, 18 de outubro, foi um dia de busca de conhecimento, de troca de experiências e apresentação de novidades relacionadas a produção, abate e comercialização de produtos a base da carne suína. Empresários proprietários de pequenos e médios frigoríficos do estado de Santa Catarina, além de profissionais do setor, técnicos, também empresários que trabalham diretamente na fabricação de máquinas, embalagens, utensílios e prestadores de serviço, participaram do Seminário de Ciência e Tecnologia organizado pelo Instituo Nacional da Carne Suína, INCS, Fiesc e Sebrae.
O pesquisador da Embrapa Supinos e Aves, Élcio Figueiredo, destacou todo o processo de melhoramento genético na produção de suínos chegando a um animal com maior rendimento e melhor qualidade na carne. Figueiredo discorreu sobre todo o sistema de produção de suínos, além das boas práticas na produção e fabricação dos alimentos.
O profissional apresentou dados de um trabalho realizado pelo pesquisador Marcelo Mielle da Embrapa, onde mostra que 29,5% da população consome carne in natura, 42,2% prefere os processados, 26,7% consome linguiças, 1,7% de banha e 0,9% consome as vísceras. “Desta forma podemos ver o campo que temos que explorar de acordo com o consumo da população”, destacou.
O professor da UnC Jairo Marchesan fez uma retrospectiva histórica Regional e instigou um debate acerca do desenvolvimento da região. Maschesam destacou que no início da colonização, houve uma crescente concentração de produção agropecuária, mais tarde veio a fase do êxodo rural, a falta de estrutura dos cidadãos e consequentemente os problemas urbanos, vindos pelos investimentos em outras regiões, principalmente no litoral. Revelou a importância da diversidade da produção e principalmente a união das forças entre os empresários para unificar os procedimentos e mostrar o que é produzido na região, e as peculiaridades em cada processo, principalmente artesanal de produção.
André Machado, consultor do Grupo Pão de Açúcar falou das exigências do consumidor, como higiene, aparência do produto, validade, preço, além dos tipos de cortes da carne antes de comprar. Machado falou do Programa de Qualidade que o Grupo tem, de conhecimento e monitoramento dos alimentos perecíveis, desde o campo até o ponto de venda, acompanhado do fluxo de comercialização. Falou dos critérios para escolha das granjas fornecedoras e dos produtos de qualidade que o grupo adquire bem como forma de embalagens, cortes, marketing e comercialização.
A tarde
No período da tarde, e evento teve sequência com a palestra da Consultora Credenciada do Sebrae de Florianópolis, Dagmar Souza, falando sobre as formas de negócios, caminhos para buscar recursos e a unidade entre os segmentos para buscar mercados mais abrangentes. Ainda durante a tarde, as empresas parceiras apresentaram os produtos durante o Balcão de negócios oportunizando os proprietários de frigoríficos em conhecer as novidades e as tecnologias para o setor.
O vice presidente da Fiesc Alto Uruguai, Álvaro de Mendonça destacou a importância do evento, como forma de reunir em um só local empresários de vários setores, apresentando e buscando soluções. Reforçou as parcerias formadas com o INCS e demais apoiadores e os encaminhamentos a partir deste encontro.
O presidente do INCS, Wolmir de Souza, lembrou que além das palestras, a importância da aproximação, do contato e da aproximação entre os empresários. As discussões e a busca pelos mesmos objetivos, principalmente na sequência das discussões em torno da Identificação Geográfica dos produtos diferenciados e de qualidade oriundos da região.