As más notícias sobre a safra de grãos argentina deste verão foram conhecidas nessa quinta-feira (22), quando o governo finalmente reconheceu severas perdas dos dois produtos, soja e milho, que são os carros-chefes da produção agrícola do País.
A seguir, os primeiros números, em milhões de toneladas, referem-se às colheitas já iniciadas, enquanto que os segundos números são relativos ao total projetado pelo governo até o início da semana:
Soja – 44/52
Milho – 20,2/28
Não são más notícias para o Brasil, o que inclui, como se sabe, o Rio Grande do Sul, porque menor produção de alimentos significa escassez do produto e consequentemente preços em alta.
O editor procurou nesta quinta-feira o diretor da Brasoja, Antonio Sartori, para saber como se configura a colheita de soja, milho e arroz, já iniciados no Estado, e verificar se houve alguma mudança nas péssimas informações sobre a quebra das safras de grãos. Eis os números em milhões de toneladas, surgindo em primeiro lugar os dados sobre a safra sendo colhida e em segundo lugar os números do ano passado
Soja – 12,5/6
Milho – 5,8/3
Arroz – 9/8
Trigo – 2,7/2
Outros – 530 mil/400 mil
No total, o RS colherá este ano a quantidade de 19,5 milhões de toneladas, algo como 10 milhões de toneladas a menos do que o total do ano anterior.
Preços?
É Antonio Sartori quem conta: “São muito bons, mas não compensam as perdas nem de longe. A tonelada da soja, por exemplo, posta em Rio Grande, tem o mesmo valor de igual período do ano passado: US$ 530.
Os reflexos da quebra da safra sobre a economia gaúcha serão devastadores em 2012. O complexo do agronegócio representa 40% do PIB. Em muitas regiões do Estado, o comércio já desacelera.