A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), em parceria com a Fundação Dom Cabral e a Embrapa, está articulando o desenvolvimento da cadeia do milho no Brasil a fim de estimular a produção do grão no país. A elaboração do plano envolve, no entanto, um profundo estudo de toda a cadeia produtiva do milho. Para isso, a Abramilho vai avaliar as diversas áreas que compõem a logística da cadeia: produtores rurais, consumidores, cadeia de suínos, bovinos e aves, indústria, fornecedores de insumos, responsáveis pelo transporte, armazenamento, entre outros itens.
“Este plano abre uma fronteira para o Brasil e é um importante passo para o crescimento de toda a cadeia do milho e de todos os envolvidos”, afirma Alysson Paulinelli, presidente executivo da Abramilho.
O plano de fomento da produção de milho no Brasil é composto de quatro linhas de ação. A primeira é de responsabilidade da Embrapa, e trata do potencial de produção e avalia a capacidade do país para a produção de milho. Essa avaliação será feita em microrregiões do Brasil para avaliar qual o potencial de aumento de produção de cada área.
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A Embrapa já apresentou projeções sobre o crescimento do consumo de milho até 2020, onde aponta tanto o aumento do consumo interno, como crescimento da demanda internacional, “é imprescindível que o Brasil passe das atuais 60 milhões de toneladas para 80 milhões de toneladas em 2020”, diz Antônio Álvaro Corseti Purcino, da Embrapa Milho e Sorgo. “A Abramilho está muito otimista com as perspectivas para o milho este ano”, diz Paolinelli.
O plano vem em boa hora. A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), destaca que nos próximos anos, o Brasil deterá 10% da produção mundial de milho e coloca o país como um dos grandes exportadores do grão. Além disso, na safra 2012/13 a oferta mundial de milho deverá superar 1 bilhão de toneladas, resultado da expectativa de aumento de 4% no plantio. As estimativas são do Conselho Internacional de Grãos (IGC). Um dos motivos para o aumento da oferta será o avanço da produção dos Estados Unidos e da Ucrânia, que terão estoques confortáveis para exportação. O aumento de área e as perspectivas de uma safrinha recorde no Brasil também auxiliam nessa evolução mundial de oferta, segundo o levantamento da entidade.
