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Economia

Produtores de Suínos enfrentam a pior crise de todos os tempos

Falar em desistência, não mexe mais com a sociedade, quando o assunto é suinocultura.

Produtores de Suínos enfrentam a pior crise de todos os tempos

Falar em desistência, não mexe mais com a sociedade, quando o assunto é suinocultura. Há mais de cinco anos, todos assistem quietos essa prática entre os diversos produtores. E conforme o tempo foi passando, as condições só pioraram e hoje, ninguém mais pode esperar, a suinocultura vive o pior momento já enfrentado. “Há muito tempo enfrentamos essa crise no setor e a cada dia a situação fica pior, devido ao endividamento dos produtores, isso é inadmissível. Por isso, hoje, o dilema é manter a produção ou abandonar tudo, para que pelo menos não falte alimento para as famílias”, destaca o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi.

 Entre as baixas no mercado e o desconsolo visto no olhar dos produtores, algumas notícias até podem estimular a esperança, mas não mudam o cenário de forma imediata. Um exemplo é a retomada da compra de carne suína pela Argentina. “Gera expectativa positiva, mas é preciso passar pelas barreiras com as mesmas quantidades que eram exportadas no ano passado, mas sabemos que agora a retomada é gradativa e não teremos de imediato a exportação de 3 mil toneladas/mês”, acrescenta ele.

 O que poderia auxiliar é a boa vontade da política brasileira. “A ACCS encaminhou um ofício para cada um dos deputados estaduais, federais e senadores da bancada catarinense, para que eles revejam a situação da suinocultura e optem pela sobrevivência da atividade. Nos ofícios oferecemos sugestões em nome da associação”, afirma.

 E até que a resposta chegue, a Suinocultura precisa reagir, a ACCS reforça que todos precisam estar engajados por um objetivo único, salvar a atividade. “Onde há suinocultura, é preciso fazer uma reunião entre as lideranças e representatividades para que todos possam ajudar afinal os municípios perdem muito em sua economia, todos precisam auxiliar para que possamos reverter, talvez, essa situação. Não podemos mais esperar por muitos dias, já não sabemos se irá sobreviver”, finaliza Lorenzi.