Os produtos e insumos agropecuários utilizados nas propriedades rurais do Rio Grande do Norte sofreram aumentos no decorrer de um ano nas casas comerciais do estado e mostram o contraste entre essa realidade e o valor pago pelo Governo do RN aos produtores rurais, fornecedores do Programa do Leite.
Ontem, 25, entidades representativas do setor rural e secretários estaduais debatem os valores do Programa do Leite e outros temas que afetam a cadeira leiteira.
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Norte (FAERN), José Álvares Vieira, a reunião será proveitosa se for observada a real situação dos produtores e os problemas decorrentes da queda do Programa do Leite e da seca de 2012. “Se não analisarmos com seriedade e objetividade essas questões, estaremos debatendo para ninguém e os problemas continuarão”, finalizou José Vieira.
Para efeitos comparativos, em julho de 2011 a saca de soja custava R$ 46,00 e agora passou para R$ 76,00; o quilo do milho passou de R$ 38,00 para R$ 45,00; a torta de algodão passou de R$ 29,00 para R$ 53,00. “Fora o aumento desses preços, também observamos um aumento de 10% nos medicamentos vendidos nas lojas agropecuárias”, ressaltou Vieira.
Com os dados em mãos, o presidente da FAERN comenta que o produtor potiguar é um vencedor por ainda continuar na atividade rural. “Observo que com o valor pago pelo governo aos produtores, (que fornecem para o Programa do Leite) esses homens somente podem ser classificados como vencedores. Porque aguentar todas essas intempéries e ainda querer produzir, é louvável. E é por conta dessa garra, que pedimos uma maior atenção governamental com o setor produtivo”, afirmou José Vieira.