Cotação da carne suína está fragilizada com queda de demanda

Os preços da carne suína têm enfraquecido na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea nesta semana. Além de tipicamente o consumidor reduzir a demanda por carne em período de final de mês, a temperatura mais elevada diminui a disposição para o consumo de carne suína. Outro fator que tem influenciado a recente lentidão das vendas é a perda de competitividade da carne suína frente à bovina – vale lembrar que a carne bovina é preferida pelo consumidor brasileiro. Quanto ao vivo, colaboradores do Cepea relataram que a baixa procura por parte dos frigoríficos estaria atrelada à lentidão do mercado de carne e ao feriado desta sexta-feira, 2 (Dia de Finados), que reduz os dias de abate. Do lado da oferta, os animais já não estão sendo vendidos em pesos tão baixos como observado em semanas anteriores. 

Em relação aos preços, entre 25 e 31 de outubro, os Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ apresentaram variações distintas entre as regiões pesquisadas pelo Cepea. Em Minas Gerais, houve recuo de 2,2%, a R$ 3,54/kg nessa quarta-feira. Em Santa Catarina, o preço pago ao produtor passou para R$ 2,77, queda de 0,7%. Já no Rio Grande do Sul, o quilo do animal valorizou leve 0,4% e, no Paraná, 0,3%, a R$ 2,72 e R$ 2,90, respectivamente. Em São Paulo, o Indicador permaneceu estável, a R$ 3,25/kg. 

No mercado de carne, também entre 25 e 31 de outubro, o preço da carcaça suína comum recuou 0,2%, a R$ 4,83/kg. A carcaça especial desvalorizou 0,3% no mesmo período, a R$ 5,14/kg nessa quarta.