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Economia

China investe no BR

País pretende investir mais de R$ 1 bilhão na produção de alimentos e peças no Brasil, com foco em fábricas de óleo de soja e TI.

China investe no BR

A China deverá investir R$ 1 bilhão (US$ 650 milhões) no Brasil, em setores como alimentício e de TI (tecnologia da informação), segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) divulgadas nesta terça-feira.

De acordo com o MDIC, R$ 557,5 milhões (US$ 350 milhões) seriam destinados para uma planta de processamento de óleo de soja em Barreiras (Bahia) e outros cerca de R$ 477,9 milhões (US$ 300 milhões) para a construção de uma planta para produção de equipamentos de TI em Goiás.

Por outro lado, empresas brasileiras também deverão investir diretamente na China. A Marfrig, gigante do ramo de carnes, anunciou que investirá R$ 398,25 milhões (US$ 250 milhões) na constituição de centros de distribuição no país asiático.

De acordo com o MDIC, a Missão Comercial à China, que passou pelas cidades de Hong Kong e Pequim, deverá movimentar, ao todo, cerca de R$ 2,39 bilhões (US$ 1,5 bilhão) entre as exportações do Brasil para a China e novos investimentos nos dois países. O ministro Fernando Pimentel afirmou que as negociações entre os países deverão avançar ainda mais.

“O total de investimentos chineses no Brasil e a previsão de novas exportações à China anunciados durante a visita da presidente confirmam o cenário favorável para essa relação estratégica que pretendemos estabelecer. Sabemos que o consumidor chinês demanda cada vez mais qualidade, e nós queremos ser, também, um parceiro tecnológico e inovador com a garantia de agregar maior valor aos nossos produtos e promover o crescimento da indústria brasileira”.

Fazem parte da comitiva brasileira na China empresários de setores como o agrícola, que produzem e vendem café, carnes, sucos, alimentos industrializados, vinhos, entre outros. Também há representantes da indústria têxtil e confecções, calçados, componentes para calçados e joias.

Como é o comércio agora

A China é hoje o principal parceiro comercial brasileiro. Em 2010, o Brasil vendeu para os chineses R$ 49 bilhões (US$ 30,785 bilhões) e comprou R$ 40,77 bilhões (US$ 25,593 bilhões) em mercadorias. A diferença deu um saldo positivo de R$ 8,2 bilhões (US$ 5,192 bilhões).

Os principais produtos brasileiros comprados pelos chineses são matérias-primas básicas, como minérios de ferro, óleos brutos de petróleo, pasta química de madeira e pedaços galo e galinha congelados.

Por outro lado, os chineses nos vendem manufaturados em larga escala, com destaque para componentes e partes de televisões, rádios e aparelhos celulares.