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Exportação

Queda na exportação suinícola

Embarque de suínos pode cair a menos de 600 mil toneladas este ano, diz Abipecs. Câmbio e novos mercados são observados.

Queda na exportação suinícola

O câmbio está limitando as oportunidades de negócios para a carne suína no Exterior, ao reduzir a competitividade do produto, e as vendas externas este ano podem cair para menos de 600 mil toneladas, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. Ele diz que mesmo com a abertura do mercado dos Estados Unidos, no final do ano passado, e das três unidades a serem habilitadas para vender à China, o efeito câmbio será crucial ao desempenho do setor no ano. “Além do câmbio, também estamos muito concentrados em Rússia e Hong Kong. Falta abrir novos mercados, como Coreia do Sul, por exemplo. Está difícil chegar nas 600 mil toneladas”, disse o executivo.

Camargo Neto embarca no dia 18 para Seul, na Coreia do Sul, onde tem uma audiência com representantes do governo sobre a abertura do mercado à carne suína brasileira. Antes, no dia 15, participa da comitiva do vice-presidente da República, Michel Temer, a Moscou , na Rússia. “Vamos tratar do relatório da missão que esteve aqui no país no mês passado. Rússia é um mercado relevante para nós e temos que dar a devida atenção a eles”, afirmou Camargo Neto. O executivo não quis citar números de unidades habilitadas e suspensas pela Rússia, mas explicou que nada mudou depois da missão técnica.

“No nosso caso (suínos), a manutenção da política restritiva não atrapalhou o fluxo exportado. As unidades que estavam habilitadas continuaram suas operações, as que estavam suspensas continuam suspensas e as que esperavam ser autorizadas, não foram habilitadas”, explicou. De acordo com ele, os frigoríficos que realizam abate estão realizando normalmente os embarques à Rússia. O problema são as unidades de industrializados, tanto de suínos, quanto de frangos e de bovinos. Sobre os rumores envolvendo a escolha de seu nome para a Secretaria de Agricultura de São Paulo, Camargo Neto negou. “Fui presidente da Sociedade Brasileira Rural (SRB) na década de 1990 e desde então meu nome é cogitado para várias coisas. Mas dessa vez, ninguém me procurou”,  declarou o executivo.