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Preços de soja em baixa

Previsões do USDA tiram suporte dos preços de soja e trigo. Na bolsa de Chicago, as cotações reagiram negativamente aos novos números.

Preços de soja em baixa

Melhoras nas estimativas de oferta no Canadá, na União Europeia e na Ucrânia levaram o Departamento da Agricultura dos EUA (USDA) a revisar para cima sua projeção para a produção mundial de trigo nesta safra 2011/12. De acordo com levantamento divulgado ontem pelo ministério americano, a colheita global deverá render 678,12 milhões de toneladas, 0,9% mais que o previsto em agosto para a atual temporada e 4,6% acima do volume de 2010/11.

O USDA também elevou, em 0,3%, seu cálculo para a demanda mundial de trigo em 2011/12 na comparação com a previsão de agosto, para 676,86 milhões de toneladas – 3,4% mais que em 2010/11 -, e os estoques finais globais foram redimensionados para 194,59 milhões de toneladas, 3% acima da estimativa de agosto e 0,6% mais que na temporada passada. No quadro dos EUA, o USDA reduziu sua previsão para as exportações em 2011/12 e, com isso, ampliou os estoques finais do país.

Na bolsa de Chicago, as cotações reagiram negativamente aos novos números. Os contratos com vencimento em dezembro, que ocupam a segunda posição de entrega (normalmente a de maior liquidez) fecharam a US$ 7,2725 por bushel, em baixa de 2,50 centavos. Mas foi uma queda até modesta se comparada à da soja, produto para o qual o USDA elevou sua previsão para a produção global em 0,6% na comparação com o levantamento de agosto, para 258,99 milhões de toneladas – 1,9% menos que na temporada 2010/11.

Diante da manutenção da projeção para a demanda, esse foi o principal fator para a ampliação de 2,6% nos estoques finais em relação à estimativa anterior. O novo número para os estoques (62,55 milhões de toneladas) ainda é 9,1% inferior ao de 2010/11. As correções para os EUA foram modestas, e a projeção para colheita do grão no Brasil em 2011/12 foi mantida em 73,5 milhões. Em Chicago, a segunda posição (novembro) recuou 30,75 centavos e fechou a US$ 13,96 por bushel.

No caso do milho, o departamento reduziu as projeções para produção e demanda mundiais na safra em curso, mas o saldo foi positivo para os estoques finais. Segundo o USDA, a colheita deverá somar 845,67 milhões de toneladas, 0,7% menos que o projetado em agosto, mas ainda 3,7% acima de 2010/11. A demanda total foi ajustada para 861,58 milhões de toneladas, 0,8% abaixo do levantamento de agosto, mas 2,1% maior que no ciclo passado. E os estoques foram calculados em 117,39 milhões de toneladas, 2,5% mais que o volume de agosto, mas 5,6% menos que em 2010/11.

Para o milho nos EUA, o USDA reduziu as previsões para produção, demanda e estoques finais em 2011/12, principal motivo para a alta em Chicago, onde a segunda posição (dezembro) subiu 9 centavos, para US$ 7,4550 por bushel. No quadro do Brasil, a projeção para a produção que ainda será plantada passou a ser de 61 milhões de toneladas, ante as 57 milhões previstas em agosto e as 57,5 milhões de 2010/11.