Peru, chester, ave, pernil, lombo ou tender…qualquer que seja a opção, o bolso deve estar preparado. Neste Natal, a ceia deve ficar mais cara. Isso porque os frigoríficos estimam um aumento entre 10% e 15% nos preços das carnes consumidas na data, comparados com os valores do mesmo período do ano passado.
Segundo os fornecedores, o reajuste baseia-se em repasse de custos, elevados pelo encarecimento de commodities, como milho e soja.
Mesmo com a alta, as empresas esperam um avanço de até 10% nas vendas de aves e suínos. Também estão investindo em produtos mais sofisticados e de fácil preparo para atrair o consumidor.
Outra prática que vem ocorrendo desde o Natal de 2010 e pode ser percebida nos supermercado de Rio Claro é a antecipação da chegada das carnes ao varejo, do fim para o início de novembro.
Claudia Terto, gerente de supermercado, destaca que os produtos típicos do Natal estão chegando aos poucos. “Já temos algumas opções nas gôndolas e freezers. Mas todas as novidades devem estar expostas mais no final do mês”, afirma a gerente.
Segundo Claudia, mais da metade da comercialização das carnes comemorativas ainda se concentra em dezembro, principalmente na semana do Natal. “Enquanto a procura por bacalhau acontece mesmo na semana que antecede o Ano-Novo”, acrescenta.
Cuidados – Ao comprar produtos típicos das ceias de Natal e de Ano-Novo, o consumidor deve ficar atento para os itens que estão fora do padrão de qualidade exigido pelo Ministério da Agricultura. Perus, frangos temperados, chesters, lombos suínos e todos os produtos que levam ingredientes de origem animal precisam ter na embalagem o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF). A identificação certifica que os procedimentos adotados na produção do alimentos seguiram as normas estabelecidas pelo governo.
A fiscalização na indústria verifica desde a ração oferecida aos animais, instalações onde são criados, frigorífico de abate, até as informações que constam das embalagens. O consumidor também deve observar se todas as indicações do rótulo são obedecidas pelo fabricante e pelo comerciante, como temperatura de conservação, data de validade e o tipo da carne descrito.
Existe, ainda, o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) que permite a venda do alimento de origem animal apenas na unidade da federação que o fabrica, e o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) que controla produtos a serem comercializados na cidade em que foram registrados. As duas formas de fiscalização também devem estar identificadas por selos específicos nas embalagens. Vinhos, sucos e refrigerantes também precisam seguir os processos de fabricação indicados pelo Ministério da Agricultura.