Com um plantel de dez mil animais e o abate de 600 cabeças por semana, o criador Ovídio Sebastiani faz a cadeia completa da suinocultura. Ele cria, engorda e é dono de um frigorífico em Boituva. Ele contou que o setor passa por um bom momento e aponta uma série de fatores favoráveis.
“Uma delas é a própria diminuição na quantidade produzida de animais no momento em função da saída de mais de 20% dos suinocultores. Outro fator é poder aquisitivo da classe menos favorecida com o salário mínimo que está se praticando desde janeiro”, falou seu Ovídio.
Para atender a demanda os criadores estão deixando os suínos menos tempo na granja. De acordo com um levantamento da associação paulista, eles estão abatendo os animais com 88 quilos em média. O normal seria de cem quilos. Com isso, em vez de ficar 150 dias, os suínos vão para o abate com 135 dias.
Preço em alta e custo em baixa. A ração, que representa 70% do custo da criação, está mais em conta. O milho caiu 15% em média em relação ao mesmo período do ano passado. E o farelo de soja teve redução de 25%.
Pelas contas do seu Ovídio, isso permite uma boa margem de lucro por arroba.
Em Chapecó, Santa Catarina, o quilo vivo foi vendido pelo criador independente por R$ 2,10, com alta de 6% em 30 dias. Em Boituva, São Paulo, o preço ficou em R$ 2,65, com alta de 10% em um mês.