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Economia

Rumo à China?

Brasil e China debatem comércio bilateral nesta semana. Mercado de carnes será um dos focos do encontro das nações.

Rumo à China?

Os governos do Brasil e da China debatem, nestas quinta (15) e sexta-feiras (16), as principais questões do comércio agropecuário bilateral. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Administração Geral de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ) realizam a segunda sessão da Subcomissão de Inspeção e Quarentena, da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban), em Brasília/DF. Os principais temas de interesse brasileiro são as exportações de carnes suína e bovina in natura, lácteos, gelatina, tabaco, couro e citros. A reunião da subcomissão será no auditório térreo do Mapa, a partir das 10 horas.

Paralelamente à agenda técnica, o ministro da AQSIQ, Wang Young, encontra-se, na quinta-feira às 10h30, com o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes, na sede do órgão. Às 12h30, almoça com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Em seguida, visita uma fazenda de criação de suínos na divisa do Distrito Federal com Goiás, às 14h30. 

O ministro Wagner Rossi recebe Wang Young em seu gabinete, na sexta-feira às 11 horas e, na sequência, encerram a reunião da Subcomissão de Inspeção e Quarentena, às 11h30. Por ocasião da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), os ministros participam da assinatura de atos no Palácio do Itamaraty, às 17h30, na presença dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hu Jintao.

Comércio – Há dois anos, a China tornou-se o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, com receita de US$ 8,9 bilhões, em 2009. Esse total foi equivalente a quase 14% dos embarques agropecuários nacionais. O principal produto exportado foi o complexo soja (US$ 6,75 bilhões), com destaque para a soja em grão (US$ 6,3 bilhões). O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, explica que a intenção do governo brasileiro é diversificar a pauta exportadora. ”Uma forma de descentralizar as vendas é abrir o mercado chinês para as carnes bovina e suína in natura”, comentou.

Carnes – A China reconhece, atualmente, toda a área brasileira livre de febre aftosa com vacinação, que compreende 17 unidades federativas. Esse reconhecimento é pré-requisito para o início dos embarques e o próximo passo é a habilitação de frigoríficos. A abertura para a carne de frango foi uma das grandes conquistas comerciais do setor em 2009. Os chineses importam mais de US$ 1 bilhão por ano e, desde o início dos embarques, no segundo semestre do último ano, o Brasil exportou US$ 37,6 milhões do produto.