A busca de novos mercados surge como saída não só para as aves, mas também para os suínos, setor que reclamou nos últimos dois anos de preços abaixo dos custos. O Paraná segue tendência nacional e amplia os embarques mês a mês.
Os preços estão entre R$ 1,80 e R$ 2 o quilo, até 30 centavos a mais que em dezembro. Com o milho em queda, a situação favorece a produção de carne. Com 1 quilo de suíno, dá para comprar 7 quilos de milho.
Vem de Santa Catarina indício de que há espaço inclusive para ampliar a produção. O estado vizinho, que compete com o Paraná no frango e está em vantagem no suíno, conseguiu reconhecimento de área livre da aftosa dos Estados Unidos para vender carne de porco. Nesta semana, recorreu ao Ministério da Agricultura pedindo ajuda para cumprir dez exigências da União Europeia. Os suinocultores catarinenses esperam ainda a chegada de negociadores da Coréia do Sul, que devem visitar o estado na próxima semana.
A corrida de Santa Caratina e do Paraná, no entanto, não é apenas para esses mercados, mas sim para atender o Japão, que importa um milhão de toneladas de carne suína ao ano, um terço a mais do que o Brasil inteiro exporta. O Paraná, terceiro produtor nacional, abateu 1,23 milhão de suínos de janeiro a março deste ano, 4,4% a mais que no mesmo período de 2009. A produção total do ano passado foi de 509 mil toneladas – das quais apenas 55 mil toneladas foram exportadas.