Os embarques de milho, que estavam atrasados até setembro, superam a estimativa atual da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para 2010, chegando a 8,5 milhões de toneladas. Esse volume foi considerado um patamar mínimo para regulação do mercado interno, depois de dois anos de oferta excessiva e preços abaixo dos custos de produção. Após intensa intervenção do governo federal, com socorro direcionado principalmente aos produtores de Mato Grosso, o mercado volta a se regular.
Enquanto as vendas de milho no mercado físico brasileiro seguem relativamente lentas, os negócios para exportação chamam a atenção, conforme pesquisas do Cepea. A boa demanda internacional, o escoamento facilitado pelos leilões do governo e as dúvidas quanto à safra argentina têm favorecido as exportações. Quanto ao Indicador Esalq/BM&F Bovespa, entre 20 e 27 de dezembro, houve queda de 0,63%, fechando a R$ 28,33 por saca de 60 kg. No mês, a baixa é de 1,02%.
Conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques brasileiros atingiram 8,87 milhões de toneladas até novembro. Entre janeiro e agosto, tinham sido apenas 3,5 milhões de toneladas. A Conab chegou a reduzir sua previsão de 8,5 milhões para 8 milhões de toneladas. Do total exportado, 60% estão saindo de Mato Grosso. O estado já exportou 5,3 milhões de toneladas neste ano. Os preços do produto, que caíram a R$ 6 por saca, estão próximos de R$ 15 nas principais regiões produtoras do estado.