AGROMERCADOS
Quinta-feira, 11 de novembro de 2010 Nº 391 18h36
GENTE GRANDE
O comércio de produtos orgânicos no Brasil deixou de ser uma coisa de bicho grilo para ser tornar um negócio de gente grande. A venda destes alimentos não está mais restrita às feirinhas de fim de semana. Grandes redes de supermercados, como Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart, estão ampliando suas gôndolas de alimentos orgânicos e aumentando o time de fornecedores.
PIONEIRO
“O Pão de Açúcar foi um dos pioneiros no varejo de alimentos orgânicos. No ano passado, vendeu R$ 50 milhões, e pretende dobrar este faturamento nos próximos dois anos”, diz Ming Chao Liu, executivo da Organics Brasil.
MERCADO MUNDIAL
Dados do Organic Monitor mostram que o mercado global de orgânicos já alcança US$ 54 bilhões por ano. Só nos EUA, o comércio destes produtos soma US$ 26 bilhões por ano. Há dez anos, movimentava US$ 1 bilhão.
RECORDE DA CHINA
Os chineses importaram 43,9 milhões de toneladas de soja entre janeiro e outubro deste ano. Este volume é recorde e representa 26% a mais que o volume importado no mesmo período do ano passado. A previsão para 2010 é de mais de 50 milhões de toneladas.
DÓLAR A R$ 1,71
O dólar subiu mais um pouco nesta quinta-feira. Fechou a R$ 1,71, com alta de 0,47%.
EM CHICAGO
Dia de queda para a soja na bolsa de Chicago. O contrato para novembro, o mais líquido, perdeu 20,75 cents, fechando a US$ 13,30 o bushel, desvalorização de 1,58%. Na BM&FBOVESPA, a soja para maio foi cotada a US$ 30,05 a saca, praticamente estável.
As cotações do milho para dezembro recuaram 2,75 cents, encerrando o pregão a US$ 5,64 o bushel, perda de 0,49%. Na BM&FBOVESPA, os contratos futuros do milho para janeiro fecharam a R$ 27,57 a saca, queda de 61 centavos.
MERCADO LENTO
Diante da expectativa dos leilões da Conab, a comercialização de trigo no mercado brasileiro voltou a ficar lenta, segundo informam os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Abastecidos com trigo importado, os moinhos não têm interesse pelo produto brasileiro. Na bolsa de Chicago, o trigo para entrega em dezembro teve queda de 6 cents, encerrando o dia a US$ 7,04.
CAFÉ ESFRIA
O contrato do café arábica para dezembro foi cotado a 206,65 cents por libra peso, com queda de 2,64%. O café robusta, negociado em Londres, caiu US$ 53 no vencimento janeiro, para US$ 1.931 a tonelada. Na BM&FBOVESPA, o café arábica acompanhou Nova York e caiu US$ 6,45 no vencimento dezembro, fechando a US$ 245,70 a saca.
AÇÚCAR CAI
Os preços futuros do açúcar no mercado internacional voltaram a cair nesta quinta-feira. Em Nova York, o açúcar demerara fechou a 29,66 cents no vencimento março, com queda de 9,60%. Na bolsa de Londres, o açúcar refinado perdeu US$ 22,10 no vencimento março, encerrando a sessão a US$ 768,60 a tonelada.
SUCO EM NY
Na bolsa de Nova York, os contratos do suco de laranja para janeiro caíram 1,01%, fechando o pregão desta quinta-feira a 156,40 cents por libra peso.
MAÇÃ ESTRANGEIRA
Diante da invasão da maçã chilena, os produtores brasileiros da fruta reclamam algum tipo de suporte do Ministério da Agricultura. “Como não dá para frear as importações, é necessário estimular a comercialização da maçã brasileira”, sugere o deputado Afonso Hamm (PP-RS), presidente da Frente Parlamentar da Fruticultura Brasileira.
BOI RECUA
A arroba do boi caiu R$ 3,98 na BM&FBOVESPA, recuando a R$ 109,93 no vencimento novembro. Para dezembro, a cotação é de R$ 106,52.
FECHA ASPAS
“É pena que só tiremos lições da vida quando elas já nos não são úteis” – Oscar Wilde
BRUNO BLECHER, DA AGÊNCIA MERCADOS, COM INFORMAÇÕES DA BMF&BOVESPA