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Agroindústrias

BRF contesta parecer da Seae

Para presidente da Brasil Foods, posição do órgão não leva em consideração evidências e argumentos concretos baseados em metodologias antitruste produzidas por renomadas consultorias.

A BRF-Brasil Foods lançou ontem (30/06) um comunicado onde contesta o parecer da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), referente a fusão da empresa com a Sadia.  No parecer, a Seae observa que a operação “resulta em concentrações significativas em diversos mercados relevantes de oferta de carne in natura e produtos industrializados”.

Para o presidente da BRF, José Antônio Fay, a posição é equivocada, porém faz parte do processo. “É uma recomendação, não um julgamento. Vamos contestar fortemente o parecer agora no Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], órgão a quem cabe julgar a questão”, afirma José Antônio Fay, presidente da BRF.

Para Fay, a Seae não leva em consideração evidências e argumentos concretos apresentados por meio de estudos técnicos baseados em metodologias antitruste produzidos pelas consultorias McKinsey e Fagundes & Associados.

De acordo com o comunidado emitido pela BRF, essas análises demonstram haver forte concorrência, elevada substituição de produtos no caso de eventual aumento de preços, ausência de relevantes barreiras à entrada de novos competidores e presença de rivalidade por parte de grandes grupos. A operação apresenta, sobretudo, substanciais sinergias que permitirão produtos melhores a preços mais competitivos. “Estamos convictos de que temos argumentos e dados que justificam a aprovação sem restrições”, acrescenta o presidente da Sadia, Julio Cardoso.

Segundo o comunicado, a fusão criará uma das maiores exportadoras no País, que já nasce com cerca de 42% de suas vendas no mercado externo, o equivalente a mais de R$ 9 bilhões por ano. Com a união de forças de Sadia e Perdigão, a empresa terá condições de ampliar sua presença como competidor global do mercado de alimentos, gerando empregos, renda, divisas e impostos no Brasil. “Estranhamente o relatório da Seae não considera a condição de grande exportador da BRF”, comentou Fay. Com informações da assessoria de imprensa da BRF.