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Meio ambiente

Empresas brasileira aderem ao GHG Protocol

Empresas brasileiras se adiantam às exigências ambientais e fazem inventário de emissões de CO2.

O acordo climático internacional está encruado e a política nacional do clima em fase de implementação, mas 35 empresas brasileiras de grande porte têm se adiantado ao que virá e já fizeram seus inventários de emissões de gases-estufa. Em 2009 emitiram quase 89 milhões de toneladas de CO2 equivalente, a medida que padroniza os gases-estufa pelo gás carbônico.

Isto representa 4% do total de emissões brasileiras em 2005, segundo dados do inventário nacional preliminar divulgado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. É o equivalente à emissão de 47 milhões de carros 1.0 a gasolina.
Entre as 35 empresas que, voluntariamente, adotaram o padrão de contabilizar emissões conhecido por GHG Protocol, a Petrobras é a que mais emite, com 56 milhões de toneladas de CO2 equivalente, seguida pela Votorantim, com 19,7 milhões. Trata-se, na verdade, de um ranking de empresas que se adiantaram às exigências e miram se adequar à economia de baixo carbono do futuro. “Esta passou a ser a estratégia central de business de várias empresas” disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ontem, em São Paulo, durante evento do programa brasileiro GHG Protocol. “É preciso estreitar as pontes entre as esferas privada e pública”, continuou.

O GHG Protocol é a metodologia mais utilizada no mundo na produção de inventários. Foi criado em 1998 pelo World Resources Institute (WRI), baseado em Washington e o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). Hoje há mil empresas utilizando este padrão. “As empresas que já começaram estarão melhor preparadas quando este futuro chegar do que aquelas que não fizeram nada”, diz Taryn Fransen, associada senior do WRI.

No Brasil, a metodologia foi adaptada num esforço coordenado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas – GVces. Ao tornar seus dados transparentes, as empresas também estão dando um passo rumo a mercados de créditos de carbono e se preparando para os marcos regulatórios. “A ideia, no futuro, é termos a emissão relativa média do setor e também a pegada carbônica de produtos, criando uma etiqueta para os consumidores”, diz Roberto Strumpf, coordenador do Programa Brasileiro GHG Protocol. “O próximo passo é conseguirmos escala”, continua Rachel Biderman, coordenadora-adjunta do GVces. Os dados da iniciativa voluntária das empresas estão na plataforma online “Registro Público de Emissões de Gases de Efeito-Estufa” e acessíveis em www.fgv.br/ces/registro