Redação (04/03/2009) – Embora tenham evitado perdas maiores, as chuvas na Argentina chegaram tarde demais para que algumas áreas de soja se recuperassem dos efeitos da forte estiagem. Segundo relatório semanal da Secretaria de Agricultura, grande parte da safra teve seu potencial de rendimento limitado.
As condições variam ao longo do cinturão agrícola, dependendo do volume de chuvas e da qualidade do solo. "As chuvas no distrito de Bolívar (na província de Buenos Aires) vão permitir que a soja tardia, que foi a mais afetada, se recupere parcialmente", informou a Secretaria.
Em seu último relatório mensal, divulgado em fevereiro, a Secretaria constatou que as chuvas ajudaram os fazendeiros a terminar o plantio. A pasta elevou sua estimativa de área para 17 milhões de hectares, um recorde, ante 16,5 milhões previstos em janeiro.
Milho- A condição da safra argentina de milho apresenta grande variação de acordo com a região, sendo que muitas áreas apresentam sérios danos provocados pela estiagem, avaliou a Secretaria de Agricultura. Na província de Buenos Aires, a chuva chegou "tarde demais para o milho precoce". Em algumas áreas, lavouras viraram pastagem. Em outras, os fazendeiros ainda não decidiram se colhem ou não o grão.
A maior parte das espigas já teve o preenchimento de grãos e está pronta para a colheita, mas os grãos são poucos e pequenos, o que sinaliza um baixo rendimento. As condições são melhores na importante província de Córdoba, que se beneficiou das últimas chuvas e não sofreu tanto com a estiagem.
Nesta temporada, os argentinos plantaram milho em cerca de 3,4 milhões de hectares, ante 4,2 milhões em 2007/08, segundo a Secretaria. A perspectiva é de que a produção fique entre 12,5 milhões e 13,8 milhões de toneladas. No ano passado, a colheita superou a barreira dos 20 milhões de toneladas. As informações são da Dow Jones.