Redação (06/03/2009)- Um edital publicado na tarde dessa quinta-feira (5), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), informa que o Estado de Goiás terá cortado pela metade o número de contratos para o próximo leilão de opções de milho. O número cairá de 3.704 contratos disponíveis no leilão dessa quinta-feira (terceiro já realizado pela Conab), para 1.850 que serão ofertados na quarta edição do leilão a ser realizada no próximo dia 12.
A decisão causou indignação nos produtores de milho em Goiás e entidades representativas da classe. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner considerou a redução inaceitável e desrespeitosa com a agricultura goiana. “Desde o início, a Faeg vem solicitando que o número de contratos aumente, pois a demanda no Estado é muito superior ao ofertado”, explica. Somente no leilão desta quinta-feira (5) a demanda inicial por compra de contratos era de nove mil, enquanto o governo oferecia pouco mais de 3.700.
O ágil por contrato ofertado em Goiás fechou, nessa quinta-feira (5), na média de R$ 295,00 devido à grande procura – cerca de R$ 0,60 por saca. "Com essa medida de redução de contratos o governo vai, mais uma vez, onerar o produtor rural que já está em situação complicada. É decisão irresponsável", diz Schreiner.
Schreiner disse que a Federação irá travar negociações com o governo e buscará reverter a situação. Para o leilão dia 12, serão ofertados 7.408 contratos para o Mato Grosso (MT), 3.704 para o Mato Grosso do Sul (MS), 1.850 para Goiás, 1.850 para Minas Gerais (MG) e 5.550 para o Paraná (PR). O Estado de Minas Gerais não constava nos editais anteriores. Tanto Goiás como Paraná tiveram o número de contratos reduzidos. Com o diferencial de que no PR não está havendo tanta demanda como Goiás. As informações são da assessoria de imprensa da FAEG.