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SC expande as vendas de suínos

Rússia começa a inspecionar frigoríficos a partir de hoje para habilitar a compra da carne catarinense.

Redação (18/03/2009)- Depois de retirar o embargo à carne suína catarinense em novembro de 2007, a Rússia decidiu finalmente inspecionar frigoríficos no Estado e habilitar pontos de abate para exportação.

A falta de credenciamento das indústrias era o principal problema enfrentado pelos produtores de Santa Catarina para escoar a produção ao mercado russo. A partir de hoje, um grupo de técnicos do Ministério da Agricultura vai fiscalizar dez plantas frigoríficas com o objetivo de conceder o aval para as negociações internacionais. As inspeções devem durar duas semanas.

– O ministério já contava com um aumento nas exportações neste ano e deve melhorar ainda mais com essa notícia – avaliou o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz.

A possível liberação dos frigoríficos catarinenses é a primeira notícia positiva para o setor em meio às dificuldades enfrentada pelos criadores de suínos no Estado.

Criadores enfrentam problemas com a crise

Por causa da crise econômica mundial, nos últimos meses os suinocultores vêm enfrentando problemas com o aumento dos estoques e a consequente queda no preço da carne. Estima-se que 10 mil toneladas de carne estejam paradas no porto de Itajaí .

Desde a queda do embargo, os produtores catarinenses precisavam abater os animais em outros estados para terem acesso ao mercado russo. Agora, ficou previsto para 1º de maio a visita de uma missão russa ao Brasil para discutir o aumento de cotas de exportação e confirmar a liberação do abate em frigoríficos catarinenses.

O governador Luiz Henrique da Silveira estava em Brasília, ontem, quando recebeu a notícia do presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto.

Maior produtor de suínos do país, com 5,8 milhões de cabeças abatidas em média por ano, SC não exportava carne à Rússia desde 13 de dezembro de 2005, quando foram descobertos focos de febre aftosa no Paraná e em Mato Grosso do Sul.