Com a crise internacional, o cenário mundial da comercialização do milho e soja tiveram algumas alterações devido a redução da demanda e limitação de crédito. A menor liquidez afetou os investimentos no setor agrícola, logo, a relação estoque/consumo deverá ficar abaixo da média histórica em 2009. Para o diretor da Céleres Consultoria, Leonardo Sologuren, esta nova conjuntura muda os fundamentos de oferta e demanda, que deixaram de ser o principal direcionador para a formação dos preços. “O mercado acompanha os movimentos do mercado financeiro. A demanda é existente, porém, a queda na oferta de crédito limita as ações dos importadores”, afirma o consultor. Sologuren abordou as perspectivas de mercado para estes insumos em vídeo divulgado pela Pioneer Sementes.
O diretor da Céleres acredita que os preços das commodities agrícolas já voltaram a se recuperar após o estouro da crise, porém, o produtor deve alterar sua linha de pensamento. “O produtor rural tem que parar de querer advinhar quando terá o melhor preço do milho ou da soja para iniciar sua venda. Ele deve seguir a demanda”.
Milho- Segundo Sologuren, os altos estoques de passagem provenientes da safra 2007/08 impediram a sustentação dos preços verificadas em janeiro, com isso, a próxima safra deve ter redução da área plantada. “Com maior restrição da oferta, o mercado do milho deve ficar bastante aquecido no próximo ano, com preços melhores aos registrados neste ano”, acredita. “As vendas externas irão ditar o rumo do mercado”.
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Soja- Sologuren afirma que a desvalorização do Real perante ao Dólar minimiza o impacto do recuo dos preços na Bolsa de Chicago e colabora para manter as margens do produtor, entretanto, existe um claro descompasso entre os custos “efetivos” da safra 2008/09 e a receita obtida na colheita. “Acredito que o maior desafio é atravessar o ano de 2009, pois as condições climáticas irregulares comprometem bons níveis de produtividade”, disse. “A retomada do crescimento vai requerer uma melhor visão estratégica por parte do produtor de soja brasileiro”. O diretor de Céleres acredita que a América do Sul passará a ser dominante no mercado internacional, pelo lado da oferta.
Estratégias para o produtor brasileiro
– Com informações da palestra online promovida pela Pioneer Sementes.
