Redação (12/11/2007)- A Falta de abastecimento de milho em Santa Catarina e possibilidades do Estado ter mais milho a disposição por um preço mais competitivo, este foi o assunto discutido durante a reunião da Câmara Setorial de Suínos, Aves e Milho, que aconteceu na última sexta-feira, dia 09 de novembro, na Associação Catarinense de Criadores de Suínos, ACCS, onde estiveram presentes membros da Câmara Setorial, representantes da Companhia Nacional de Abastecimento, Conab, lideranças políticas, representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MAPA e produtores.
O presidente da ACCS e coordenador da Câmara Setorial, Wolmir de Souza, afirmou que a reunião foi marcada com urgência devido aos problemas enfrentados nos últimos meses com os insumos. “Vivemos momentos de angústia, porém precisamos fazer algo, precisamos levar alternativas para essas reuniões, das 150 mil toneladas de milho da Conab, que seriam remanejadas para Santa Catarina, apenas 30 mil chegaram. O produtor independente de suínos não encontra milho para manter a criação, o pouco volume ofertado chega a custar R$32,00 a saca, e ainda com esse preço não tem milho no Estado” afirma Souza.
Durante a reunião foram expostas informações sobre o cenário do mercado do milho, o Brasil tem produto para atender o consumo, o problema é o preço, a exportação não prejudica no valor, pois não consumiriam toda safra produzida, o que precisamos é de estrutura para armazenar o volume do estoque, a capacidade da Conab de armazenagem é de estoque 1,7 mil toneladas, destaca Silvio Farnese, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Segundo a gerente de operações da Conab de Santa Catarina, Maria de Lourdes Nierkoetter, o valor a ser praticado a partir dessa semana para a entrega de milho em balcão será de R$ 22,20 a saca em Santa Cataria, nas seguintes praças: em Xanxerê, Sementes Prezzotto, Joaçaba, Cooperio e Herval do Oeste, CONAB. A Cooperativa Auri Verde, em São Carlos e a Cooper Águas em Águas Frias, também estão credenciados, porém não possui o insumo ainda.
Também foi proposta durante o encontro uma reunião em Brasília, no dia 20 de novembro, com o Presidente da Conab, lideranças política e representantes do setor, onde será debatido a questão do preço, credenciamentos de silos e burocracias na entrega do milho ao produtor, destaca Wolmir. “Vimos que não temos problema de abastecimento e isso é preocupante, porém existem dificuldades de armazenagem e a burocracia também é outro impedimento do milho não chegar até o produtor” finaliza Souza.
Alternativas
O presidente da ACCS, Wolmir de Souza, apresentou algumas alternativas para a Companhia, entre elas a individualização do processo de armazenagem, preço igual ao pago ao produtor, agilizar o processo de aquisição, paga e retira com a nota feita no local da entrega
manter o estoque regulador no Estado, quantidade de acordo com a necessidade indicada no cadastro (tabela), informações cadastrais fornecidas pela ACCS com aquisição mediante apresentação de carteirinha, e ainda, leilões com condições subsidiadas para grandes produtores.
Estas alternativas serão encaminhadas para a Conab onde serão debatidas durante a reunião no dia 20, em Brasília.