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Guedes tenta reverter embargo russo a SC

<p>O Ministro enviou uma carta à Rússia incluindo tópico sobre a disposição de negociar a questão dos preços para retomar as exportações brasileiras.</p>

Redação SI (31/08/06)- O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, disse em Florianópolis, a entidades representativas do agronegócio catarinense que, do ponto de vista técnico, não há justificativa para a manutenção do embargo russo à carne suína de Santa Catarina. Há 14 anos o estado não registra caso de febre aftosa e há seis anos é reconhecido pelo ministério como zona livre da doença sem vacinação. “Temos negociado de modo intenso com as autoridades russas. Recebemos uma missão do país, que concluiu trabalho. Estamos aguardando o envio do relatório”, afirmou.

Guedes disse que uma das razões do embargo foi a eficiência do produtor brasileiro, particularmente o de Santa Catarina, que exporta carne de qualidade a preços muito baixos. “Isso afetou duramente os produtores locais de suínos. Foi uma reação do setor”, afirmou.

Guedes diz que a última carta que enviou à Rússia inclui tópico sobre a disposição de negociar a questão dos preços para retomar as exportações brasileiras e permitir a permanência do produtor russo na atividade. Embora o Ministério da Agricultura reconheça Santa Catarina como livre de aftosa sem vacinação, o status ainda não foi concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Por isso, além de não poder entrar no mercado russo, a carne suína catarinense não pode ser exportada para a Europa e o Japão.

Entre as várias reivindicações entregues ao ministro Guedes – ao todo foram 10 – pelas federações de agricultores e trabalhadores juntamente com a organização das cooperativas catarinense, a principal é de que o governo federal interceda junto à OIE para tornar Santa Catarina zona livre de aftosa sem vacinação, separadamente dos outros estados do Sul.

O embargo russo à carne suína catarinense provocou uma queda nas vendas externas de 42% em volume e 47% em valor nos primeiros sete meses de 2006, em comparação ao mesmo período de 2005.