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Ferrugem asiática provoca prejuízo bilionário

<p>O levantamento financeiro foi divulgado pelo pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Giovani Theisen.</p>

Redação (31/07/06)- A Ferrugem Asiática provocou um impacto de R$ 4,4 bilhões na safra de soja brasileira 2005/06. O levantamento financeiro foi divulgado pelo pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Giovani Theisen, durante a 34 Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul. O encontro, anual, aponta as principais indicações da pesquisa para a cultura e para a atualização de trabalhos em diversas áreas. Outra conclusão apresentada refere-se à superioridade das variedades nacionais em relação às sementes transgênicas contrabandeadas da Argentina. Segundo o pesquisador, a soja nacional é superior tanto em produtividade quanto em resistência às doenças.

A expectativa para o próximo ano é de que a área da cultura se mantenha na Metade Sul por uma série de fatores, entre eles o preço, que está bem melhor do que obtido com o arroz. Além disso, a soja tornou-se importante para a matriz produtiva da região, baseada na pecuária e orizicultura. Ele destaca ainda o aumento da demanda mundial pelo produto. “Vários estudos apontam que o país é o que possui as melhores chances de avançar em área e produtividade e o Sul do Estado é o que possui as melhores condições de aumento”. Ele diz ainda que a soja é excelente parceira do arroz para o controle de plantas daninhas e invasoras e para a fixação de nitrogênio no solo. Em determinadas áreas do Rio Grande do Sul, na rotação de culturas, soja e arroz, obteve-se rendimento 20% superior no cereal.

Segundo Theisen, foram apresentados mais de 50 trabalhos, nas diversas áreas, entre elas, cultivo na várzea, ferrugem asiática, controle de insetos, apresentação de novas cultivares, técnicas de aplicação de produtos. Foram abordados os aspectos econômicos e rentabilidade da cultura. “A Metade Sul do Estado apresenta excelentes perspectivas para a cultura, que aumentou, nos últimos dez anos, em torno de três vezes em relação à Metade Norte”.

Enquanto a Metade Norte implantou 3 mil hectares da cultura, a Metade Sul plantou 1 milhão de ha na safra 2005/06. Juntas, plantaram, na última safra, 4 milhões de ha. A produtividade média do Estado é de 1,8 mil quilos por hectare. Em áreas específicas do Estado, como a Fronteira-Oeste, foram penalizadas pela seca e registraram produtividade de mil quilos por ha. A Metade Norte, mais beneficiada pelas chuvas, obteve rendimento de 2,2 mil quilos em média, na região de Passo Fundo