Redação AI (19/04/06)- A Coordenadoria de Meio Ambiente e Vigilância Sanitária de Bagé monitora há duas semanas os animais de propriedades situadas em Quebrachinho, a seis quilômetros da cidade. Na localidade, em menos de um mês, morreram cerca de cem galinhas e um cachorro, que mordeu uma das aves. A suspeita é de bouba aviária, mas a confirmação só vai ocorrer amanhã, quando será divulgado o laudo das culturas feitas com animais vivos pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
A bouba aviária é causada pelo vírus Treponemo pertenue e os sintomas principais são o surgimento de verrugas ao redor dos olhos e nas patas e placas amareladas em alguns órgãos internos. O vírus é transmitido pela picada de insetos que sugam sangue e pelo contato com aves doentes ou objetos contaminados.
Conforme o coordenador de Meio Ambiente e Vigilância Sanitária de Bagé, Luís Henrique Corrêa, o primeiro relato recebido foi no dia 26 de março e desde então se iniciou o monitoramento dos animais.
Ressalta que a doença suspeita não é transmissível para seres humanos e que pode ocorrer em locais onde a água nos coxos não é trocada com freqüência, assim como provocada pela umidade e calor nos galinheiros.
Corrêa esclarece que a investigação feita nas lavouras de soja das redondezas descartou qualquer problema com relação à composição dos produtos utilizados. Também foi afastada a hipótese de se tratar de gripe aviária, pois a equipe da UFPel coletou material do pulmão e estômago dos animais mortos e nada constatou.