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Gripe aviária pode chegar à América do Norte em setembro

<p>Há um risco "muito alto" de que a gripe aviária chegue aos EUA e ao Canadá em setembro, disse hoje a diretora assistente da Organização Panamericana da Saúde (OPS), Carissa Etienne. </p><p></p><p></p>

Redação AI (31/03/06) – “O risco de começarmos a registrar casos de gripe aviária quando as aves migratórias voltarem, em setembro, é muito elevado”, avisou Etienne, antes da abertura de uma reunião diplomática que vai reavaliar as medidas de prevenção no continente.

O vírus da gripe aviária H5N1 causou a morte ou o sacrifício de mais de 150 milhões de aves em, pelo menos, 45 países da Ásia, Europa e Oriente Médio.

A doença infectou 186 pessoas, das quais 105 morreram. Ainda não foi detectado contágio de pessoa a pessoa, mas os analistas acreditam que é uma questão de tempo para que isso aconteça.

“As conseqüências de uma pandemia exigem uma resposta no mais alto nível”, disse Etienne.

Até o momento, apenas cinco países no continente americano (Brasil, Canadá, Chile, EUA e México) têm planos nacionais contra uma pandemia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Etienne considerou que a América Latina e o Caribe receberam “uma prioridade muito baixa” na prevenção da pandemia em termos financeiros e de assistência técnica. Por isso, precisam unir seus esforços.

Cheston Brathwaite, diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), destacou que as repercussões de uma possível pandemia podem ser “devastadoras” para a indústria avícola, de grande importância no continente americano.

“O maior problema é a falta de preparação de nossa agricultura para reagir a uma pandemia no continente”, sustentou.

Brathwaite lembrou que um estudo recente demonstrou que só 40% das fazendas na América estavam preparadas para reagir à ameaça de uma pandemia.