Redação AI (21/11/05) – A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo publicou na sexta-feira (18/11) no Diário Oficial do Estado, uma resolução que declara o “bolsão” composto por 16 municípios da região de Tupã como área controlada com vacinação para Laringotraqueíte Infecciosa, doença respiratória que ocorre principalmente em galinhas de postura e que provoca queda na produtividade e morte de aves adultas.
A medida, adotada depois de dois anos de restrição, permitirá aos produtores enviar ovos férteis, pintos e aves para o abate fora da região, mediante solicitação apresentada à Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), e inspeção, por parte do órgão, quanto às exigências sanitárias estabelecidas para as granjas da região.
De acordo com a CDA, a liberação ocorreu depois de constatados os bons resultados das ações sanitárias implementadas desde setembro de 2003, quando foi constatada a doença. Resolução publicada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento naquele período criou um bolsão do qual proibiu-se a saída de aves vivas e estabeleceu condições para o abate das aves que, no final de sua vida reprodutiva, só poderia ser feito em um frigorífico localizado dentro do bolsão. Também tornou-se obrigatória a desinfecção de veículos egressos, com o objetivo de impedir que o a doença se espalhasse para áreas fora do bolsão.
Para o Secretário Duarte Nogueira, outro importante fator para a liberação dos produtos avícolas da região foi o estabelecimento das medidas de biosseguridade das granjas e da campanha de vacinação, já no início de 2004. “Estabelecemos um intenso trabalho de acompanhamento das granjas e a vacinação obrigatória das aves entre quatro e 70 semanas de vida, nas mais de 180 propriedades da região, assim como a imunização das aves de reposição que ingressam na área do Bolsão”, explica o Secretário, salientando que a vacinação é restrita à região de Tupã, portanto proibida em outras áreas do Estado.
De acordo com Fernando Buchala, coordenador do programa de sanidade avícola da Secretaria, na região do bolsão a vacinação é permanentemente. “Com a entrada das aves de reposição, a vacinação é contínua. São duas doses por ave, a primeira entre quatro e 14 semanas e outra a partir da 16 semana de vida, com intervalos de 14 dias pelo menos”, garante o técnico. Para o Secretário Duarte Nogueira os números atestam a importância da medida. “No ano passado, São Paulo produziu 27,5 milhões de caixas com 30 dúzias de ovos e, desse total, a região de Tupã (considerados 14 municípios) foi responsável pela produção de mais de 10 milhões de caixas, a maior produção do Estado”, afirma.