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Combustível

Brasileira Acelen investirá US$ 2,44 bilhões em negócios de diesel renovável

A nova biorrefinaria, que a energética pretende começar a construir em janeiro de 2024, terá capacidade para produzir 1 bilhão de litros por ano de óleo vegetal hidrotratado (HVO)

Brasileira Acelen investirá US$ 2,44 bilhões em negócios de diesel renovável

A Acelen, apoiada pela Mubadala Capital, investirá 12 bilhões de reais em 10 anos para fabricar diesel e combustível “verde” de aviação no Brasil, a partir de 2026, em um movimento que colocará a empresa entre os líderes globais neste segmento, disseram executivos à Reuters.

A nova biorrefinaria, que a energética pretende começar a construir em janeiro de 2024, terá capacidade para produzir 1 bilhão de litros por ano de óleo vegetal hidrotratado (HVO), um combustível tipo diesel feito sem recursos fósseis que vem de óleos vegetais e gordura animal.

O projeto reforça o papel do Brasil como fornecedor estratégico de combustíveis renováveis, capitalizando seus abundantes recursos naturais. O Brasil já produz biodiesel à base de soja e etanol a partir do açúcar e do milho.

Marcelo Cordaro, vice-presidente de novos negócios da Acelen, disse que a biorrefinaria utilizará a infraestrutura existente na planta de Mataripe, incluindo tancagem e logística, e o terminal portuário para exportação de novos combustíveis.

Essa unidade, que responde por 14% da capacidade de refino de petróleo do Brasil, foi adquirida da estatal Petróleo Brasileiro pela Mubadala em 2021.

Inicialmente, o óleo de soja será a principal matéria-prima da planta, podendo tornar a Acelen Brasil a maior compradora individual dessa commodity. A planta exigirá até 900 mil toneladas de óleo de soja por ano. Também deve haver inicialmente um consumo anual adicional de 100 mil a 150. mil toneladas de óleo de milho e gordura animal.

A Acelen assinou um memorando de entendimento em Abu Dhabi com o governo da Bahia no sábado.

Inicialmente, a Acelen prevê que toda a sua produção de combustíveis renováveis ??seja exportada, já que ainda não há regulamentação no mercado brasileiro que viabilize as vendas no mercado interno.

“Queremos ser um player global, estamos começando a ser grandes, já temos competitividade para atuar no exterior”, disse o vice-presidente de relações institucionais, comunicação e ESG da Acelen, Marcelo Lyra.

“É claro que o mercado brasileiro está se desenvolvendo e começando a incentivar esse tipo de combustível, então logicamente para nós seria interessante participar dele.”