Na bolsa de Chicago, o trigo registrou um aumento pelo terceiro dia consecutivo, impulsionado por investidores que aguardam informações sobre a possível renovação do acordo para exportação de grãos da Ucrânia pelo Mar Negro.
Os contratos mais negociados do cereal, com vencimento em julho, apresentaram um aumento de 2,36%, chegando a US$ 6,6025 por bushel.
O acordo firmado entre Rússia e Ucrânia, com intermédio da Turquia e Organização das Nações Unidas (ONU), expira no próximo dia 18. Havia a expectativa de algum anúncio após uma reunião com os participantes do acordo programada para hoje, mas nada foi definido até o fechamento do mercado.
“O clima [entre russos e ucranianos] não está bom. As tensões após uma possível tentativa de ataque a Vladimir Putin aumentaram, e isso favorece o jogo político da Rússia para tentar reduzir as sanções que o país vem sofrendo”, afirma Luiz Pacheco, analista da TF Consultoria Agroeconômica. Mesmo com essa conjuntura, Pacheco acredita que a Rússia acabará concordando com a renovação do acordo.
“A Rússia tem muito mais a perder se resolver deixar a iniciativa. Se eles querem a redução das sanções econômicas, isso indica que elas estão prejudicando o país. E uma saída para amenizar esse cenário é continuar exportando, principalmente o trigo, que vai garantir o aumento das divisas para os russos”, avalia.
Milho
Os papéis do milho para julho, os de maior liquidez , fecharam em alta de 1,27%, cotados a US$ 5,9650 o bushel. Uma correção técnica sustentou os contratos futuros do milho, bem como a possibilidade de um grande volume de chuvas nos Estados Unidos para os próximos dias, que pode desacelerar o ritmo de plantio no país, segundo a consultoria Granar.
O milho subiu também acompanhando a alta do trigo, diante das tensões entre Rússia e Ucrânia. Soja Nas negociações da soja em Chicago, os contratos que vencem em julho, os mais negociados, fecharam em alta de 1,32%, a US$ 14,3650 por bushel.
A consultoria Granar disse que os preços da oleaginosa subiram por causa da compra de papéis pelos fundos após a queda nas vendas líquidas nos EUA e depois do clima bom para as lavouras no país pressionarem os preços ao longo da semana.