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Faturamento cresce

Perdigão prevê avanço de 20% no ano.

Da Redação 09/11/2004 – O presidente da Perdigão, Nildemar Secches, informou ontem em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde inaugurou um novo centro de distribuição, que a empresa deverá encerrar 2004 com faturamento de cerca de R$ 5,5 bilhões, 20% mais que no ano passado, em virtude tanto do aumento de preços como de produção. Do total das vendas, entre 55% e 60% serão provenientes das exportações, e o executivo aposta na conquista de novos mercados.

Entre os futuros importadores citados por ele está a Coréia do Sul, que nesta semana enviou representantes para conhecer as empresas do país. A Perdigão pretende iniciar embarques ao país asiático até o fim do ano. Nos próximos dias, o frigorífico espera retomar as vendas para a Rússia, que embargou a carne brasileira sob a alegação de problemas sanitários.

Sobre o mercado interno, o executivo afirmou que há uma reação gradual, e que ele cresceu cerca de 6% em comparação com 2003. Essa reação, segundo Secches, começou com o aumento do número de pessoas empregadas, e deve ter continuidade com a elevação da renda.

Ontem a empresa divulgou, também, sua previsão para as vendas de produtos natalinos. Para o chester, é esperado um incremento de 10%, e a Perdigão sugere que o varejo ofereça a ave ao consumidor por R$ 6,60 o quilo, valor 10% superior ao praticado no Natal do ano passado.

Os diretores não revelam quantos quilos pretendem vender, mas entre chester e peru a expectativa de comercialização é de seis milhões de unidades somente no Brasil. Os pedidos começaram a chegar, mas para obter os resultados traçados, serão investidos R$ 3 milhões em uma campanha de marketing específica para as festas de fim de ano.

Outra novidade apresentada por Secches foi o novo centro de distribuição, com o qual a empresa inicia um novo modelo de parceria. O espaço, que custou R$ 12,5 milhões, foi construído e será administrado por terceiros, dentro das exigências estabelecidas pela Perdigão. Pouco mais de um ano atrás, a empresa cuidava de toda a operação logística de armazenagem e distribuição dos produtos. “Percebemos que era preciso investir em especialização, então decidimos entregar a administração de alguns centros para empresas do ramo”, disse Ricardo Menezes, diretor de relações institucionais da Perdigão.

Agora, a empresa trabalhará com três modelos diferentes, já que os centros localizados próximos das fábricas continuam com administração própria. Secches garante que as despesas são semelhantes em todos os formatos. A diferença aparece no atendimento. “Queremos melhorar o serviço”, diz. No Paraná, a distribuição para os clientes era feita por meio de três centros menores, mas a empresa verificou que tinha problemas de estocagem, que serão resolvidas com o novo espaço.