Curvelo e Morada Nova de Minas, municípios localizados na região Central de Minas Gerais, receberão equipamentos para geração de energia solar em imóveis e prédios das prefeituras. Essa iniciativa faz parte dos Projetos Regionais da Bacia do Paraopeba, que integram o Programa de Reparação Socioeconômica destinado às regiões afetadas pelo desastre em Brumadinho.
A implantação das usinas solares tem como objetivo ampliar o uso de energia limpa e reduzir os gastos públicos dos municípios com eletricidade. Essa economia possibilitará investimentos em áreas prioritárias, como saúde, educação e assistência social.
Em Curvelo, foram aprovadas a instalação de cinco equipamentos, sendo quatro usinas de microgeração distribuídas em escolas públicas, com potência de 75 kW cada, totalizando 300 kW. As escolas beneficiadas são a Escola Maria Amália, Escola Municipal Dr. Viriato Mascarenhas Gonzaga, Escola Padre Celso e Escola Boaventura Pereira Leite. Além disso, será adquirida uma usina fotovoltaica de minigeração distribuída para a iluminação pública, com capacidade de 2,4 MW. O investimento estimado para o projeto em Curvelo é de R$ 23.317.774, com previsão de conclusão em um ano e um mês para as usinas das escolas e em dez meses para a usina de iluminação pública.
Já em Morada Nova de Minas, serão instaladas 12 usinas fotovoltaicas em áreas urbanas do município, prevendo a geração de cerca de 650 kW de energia. As instalações serão realizadas em imóveis de serviços públicos, como unidades de saúde, escolas, quadras esportivas e o terminal rodoviário. O investimento estimado para as instalações em Morada Nova de Minas é de R$ 3.751.977, com previsão de conclusão em um ano.
Outros nove municípios da região afetada pelo desastre em Brumadinho também estão recebendo usinas de captação de energia solar como parte do Programa de Reparação Socioeconômica. Entre janeiro e março de 2023, o Governo de Minas, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública de Minas Gerais (DP-MG) autorizaram a instalação de 114 unidades em Biquinhas, Caetanópolis, Felixlândia, Florestal, Maravilhas, Pequi, São José da Varginha, Juatuba e Papagaios.
Essa iniciativa busca não apenas reparar os danos sociais, econômicos e ambientais causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho, mas também promover a transição para uma matriz energética mais sustentável e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das regiões afetadas.