Redação AI 15/01/2003 – O negócio de ovos industrializados está atraindo a atenção até mesmo de grandes empresas do setor de alimentos, como a Sadia. A empresa entrou em contato com a processadora de ovos Kayatonas para a criação de uma parceria com a finalidade de exportar ovo líquido.
O único empecilho para a concretização do negócio é a certificação dos produtos da Kayatonas por um técnico europeu.
“Só podemos vender para a Europa produtos devidamente certificados”, afirma o diretor da empresa, Alfredo Kayatonas.
Segundo o empresário, dentro de no máximo cinco anos, a Europa deixará de ser o maior exportador de ovo industrializado para assumir o papel de importador. “Os custos de produção da indústria aviária estão ficando inviáveis.”
Com isso, segundo Kayatonas, o mercado europeu abre uma brecha para o Brasil se tornar fornecedor de ovos industrializados, principalmente para a Holanda, Itália e Alemanha.
Além disso, as cascas dos ovos, que normalmente são jogadas no lixo, podem ser aproveitadas para a fabricação de uma farinha extremamente rica em nutrientes. “O Japão utiliza o pó de casca de ovo na indústria médica e alimentícia, para a fabricação de remédios – contra a osteoporose – e biscoitos, sendo um importante mercado para o Brasil na geração de receita com exportações.
De janeiro a novembro do ano passado, o Brasil exportou cerca de 1,5 mil toneladas de gemas industrializadas, gerando receita da ordem de US$ 8,7 mil.
Os dados constam de relatório divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.