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ACCS entrega carta a Lula

Aproveitando a visita do Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, a Concórdia (SC), a ACCS entregou um carta de reivindicações ao chefe de Estado.

Redação SI 25/07/2003 – Aproveitando a visita do Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, a Concórdia (SC) no dia de ontem (24), a ACCS entregou ao Presidente uma carta de reivindicações com pedidos dos suinocultores. Junto à carta, foi entregue também um Kit contendo uma camiseta, um boné e um avental da ACCS.

Segue na íntegra o teor da carta.

Sr. Presidente:

Os criadores de suínos de Santa Catarina enfrentam uma das maiores crises da história do setor. Desde janeiro de 2002, criamos suínos com prejuízo. Mesmo assim, ainda não desistimos. Estamos juntando forças para continuar produzindo alimento para o Brasil.
O quilo do preço do suíno pago pelas indústrias aos produtores nunca tinha chegado a patamares tão baixos. O estímulo para que os criadores produzissem mais foi um dos fatores que motivou a grande oferta de carne e a baixa nos preços.

O suíno nunca valeu tão pouco na hora de sair da propriedade rural. Na década de 1990, a média foi de 73 centavos de dólar por quilo. Passou para 60 centavos de dólar e depois para 52 centavos de dólar. Agora, chegou a 44 centavos de dólar.

A nossa manifestação, neste momento, é um pedido de socorro e ao mesmo tempo um alerta a todas as autoridades.. A crise financeira que atinge aos suinocultores também se manifesta na maioria das cidades do oeste e extremo-oeste de Santa Catarina. Isto quer dizer que se não houver uma rápida retomada nos preços, para que possamos trabalhar sem prejuízo, o comércio de muitas cidades e a economia de muitos municípios que estão sendo afetados.

Solicitações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, ACCS, ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

– Prorrogação de todos os financiamentos (investimento e custeio)contraídos pelos suinocultores pelo menos, por cinco anos;

– Encaminhamento, aos órgãos competentes, de um pedido de avaliação das distorções verificadas nos preços e margens praticadas pelos diversos segmentos que compõem a cadeia produtiva da carne suína;

– Inclusão da carne suína no cardápio das refeições oficiais do Governo, quais sejam: merenda escolar, sistema prisional, forças armadas, campanha fome zero e outras;

– Compra do excesso de carne suína pelo Governo Federal, como medida emergencial sempre que, for necessário para regularização e estabilização do mercado;

– Destinação de recursos oficiais para a campanha de divulgação da qualidade da carne brasileira, visando aumentar o consumo interno e intensificar e diversificar as exportações;

– Adoção pelo governo, de medidas de proteção ao preço do suíno vivo, similares às praticadas em defesa do preço do milho, harmonizando assim, a convivência entre os dois setores, estreitamente interdependentes;

– Implantação, num esforço conjunto e em parceria dos governos Federal  e estaduais, produtores e indústrias frigoríficas, de um sistema de controle da produção, a ponto de não gerarmos excedentes e produzirmos de acordo com as demandas interna e externa;

– Suspensão de créditos para investimentos de todos os projeto de expansão  da suinocultura ;

– Formação pela Conab de estoque regulador de milho equivalente a 10% da produção em 2003, cerca de 4,4 milhões de toneladas, com garantia de preço para a próxima safra.

– Criação do preço mínimo para o suíno, com base nos custos da Embrapa.