Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Mercado Interno

Boletim ABCS: Mercado & Cotações

O mercado do suíno vivo tem apresentado uma tendência de alta nas principais regiões de abate. Segundo a ABCS, a demanda interna está aquecida e preços devem subir.

O mercado do suíno vivo tem apresentado uma tendência de alta nas principais regiões de abate. Com a demanda interna aquecida, os produtores aguardam a elevação dos preços e o início da recuperação do lucro não alcançado em 2009. Em Minas Gerais, o mercado promete alta nos preços para o produtor, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). A bolsa fechou em R$ 2,80 o quilo, mas deve apresentar aumento de R$ 0,05 a R$ 0,10 já para essa semana, com o mercado aquecido e o equilíbrio entre oferta e demanda. No estado de São Paulo a bolsa  fechou a R$ 52,00 a arroba do suíno vivo, equivalente em quilo a R$ 2,77. Em algumas regiões do estado o preço alcançou a marca de R$ 54,00 arroba, informa a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

No Rio Grande do Sul não registrou grandes alterações no preço, tanto no mercado independente, quanto no integrado. Essa semana, o quilo do suíno vivo foi comercializado entre R$ 2,30 e R$ 2,40, segundo informações da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs). A perspectiva é que não haja grandes alterações no preço, já que está bastante ajustada a demanda para os frigoríficos e não há sobra de animais, que estão sendo comercializados na média de 100kg.

O Governo do Estado de Santa Catarina prorrogou por mais 45 dias a isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) para a comercialização da carne suína in natura e também para a venda do animal vivo para fora do estado. O benefício entrou em vigência em setembro do ano passado para atenuar os impactos da crise econômica internacional e as perdas verificadas nas exportações. A prorrogação foi uma solicitação da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) junto ao governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura e Secretaria da Fazenda e, segundo a entidade, deve apresentar uma melhora significativa nos preços. A semana operou no estado com o quilo do suíno vendido a R$ 2,30, mas na região Sul o suíno independente chegou a R$ 2,40. Há forte tendência de alta para os próximos dias.

O mesmo acontece no Distrito Federal, segundo a Associação de Criadores de Suínos do Distrito Federal (DF-Suin), o mercado está aquecido e demandando mais animais do que se tem produzido. Esta semana deve haver uma estabilização nos preços ou até uma pequena alta, por ainda ser a segunda semana do mês. O mercado tem operado a R$ 2,70 o quilo do suíno vivo.
 
Declarações

A demanda está bastante elevada para a produção da região e o Distrito Federal precisaria produzir mais para suprir este déficit. Com isso, alguns animais do Mato Grosso estão sendo comercializados aqui para atender a esse consumo. A próxima semana deve haver uma elevação no preço, já que há movimentação financeira nesse período do mês e não há motivo para baixa.

Alexandre Cenci, vice-presidente DF-Suin
 
Mesmo com a alta nos preços da bolsa, os frigoríficos não têm absorvido este valor. Ainda não é possível dizer se há animais provenientes de outras regiões, sendo colocados aqui em condições competitivas, mas o mercado ainda não está tão agressivo como se imaginava, em termos de carcaça.
Ivo Jacó, Proprietário do Frigorífico Sabugy, no Distrito Federal
 
Apesar de estamos na quaresma, a procura pela carne continua firme e o mercado se mantém aquecido aqui na região. Há algum tempo que esse período do ano não apresentava um consumo tão elevado, com bom equilíbrio entre a oferta e a demanda. Por isso acreditamos que o mercado deve continuar firme para as próximas semanas e, se as exportações se confirmarem, pode haver aumento de preço em breve.
Fernando Soares, presidente da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap)
 
Nesta semana nós trabalhamos com o preço do suíno vivo em torno de R$ 2,80 e o mercado de uma maneira geral está estável, com os animais vendidos na média do peso normal. A tendência é que os preços se mantenham firmes, mas com pouca alteração na margem de lucro, já que o custo de produção tem se apresentado alto, cerca de 20% maior que nos outros estados.
Nélio Hand, diretor-executivo da Associação dos Suinocultores do Espírito Santo (Ases)