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Economia

Ásia-Pacífico deve passar América do Norte como região mais rica

O estoque de riqueza na América do Norte cresceu 6% em 2014 e atingiu US$ 51 trilhões. Já na região da Ásia-Pacífico (excluindo Japão), o crescimento foi de impressionantes 27% em 2013 e 29% em 2014.

Ásia-Pacífico deve passar América do Norte como região mais rica

A Ásia-Pacífico (excluindo Japão) já ultrapassou a Europa e deve superar a América do Norte como região mais rica do mundo até 2019.

A previsão é de um relatório da consultoria Boston Consulting Group lançado nesta semana, que estima a riqueza privada financeira total do mundo em US$ 164 trilhões em 2014, crescimento de 12% em um ano.

“O crescimento da riqueza privada continuou na maior parte dos mercados em 2014, mas com taxas significativamente diferentes. Uma forte dinâmica ‘mundo velho versus mundo novo’ foi observada, com o chamado mundo novo crescendo em um ritmo muito mais rápido”, diz o texto.

O estoque de riqueza na América do Norte cresceu 6% em 2014 e atingiu US$ 51 trilhões. A previsão é que o crescimento siga a uma taxa composta de 4,2% anuais até atingir US$ 62,5 trilhões em 2019.

Já na região da Ásia-Pacífico (excluindo Japão), o crescimento foi de impressionantes 27% em 2013 e 29% em 2014, atingindo US$ 47 trilhões. Com taxa composta de 9,7% anuais, o número chega a US$ 75,1 trilhões em 2019.

Em 2012, um gráfico da consultoria McKinsey já mostrava o pólo de gravidade da economia global caminhando (ou melhor, voltando) para o centro da Ásia.

A riqueza na Europa Ocidental cresceu a 7% em 2014, mas ficou em US$ 40 trilhões e já perdeu o segundo lugar. A Europa Oriental cresceu bem mais (19%), puxada principalmente pela Rússia, mas segue como região menos rica (US$ 3 trilhões).

Na América Latina, o crescimento foi de 10% em 2014, mesma taxa do Brasil, maior mercado de riqueza privada da região. A riqueza privada chegou a US$ 1 trilhão no país e US$ 4 trilhões na região.

“A expansão da riqueza privada no Brasil foi principalmente através da melhor performance de títulos (+12%) em um país onde 46% da riqueza privada está em títulos”, diz o texto.

A América Latina também foi a única região do mundo onde a maior parte do aumento da riqueza privada veio de ativos novos do que de retorno de ativos existentes.

O relatório do BCG também mostra uma concentração de riqueza mundial cada vez maior nos indivíduos que detém mais de US$ 100 milhões em ativos. Este deve ser o segmento que vai mais crescer até 2019, tanto em membros quanto em riqueza total.