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AGRONEGÓCIO

Ibama retoma avaliação de pedidos para caça de javalis

Iniciativa foi uma das prioridades da ABCS no ano anterior, sendo trabalhada em conjunto com os deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e outras entidades do agronegócio

Ibama retoma avaliação de pedidos para caça de javalis

A retomada do Sistema de Informação de Manejo de Fauna (Simaf) para a emissão de novas autorizações de controle de espécies exóticas invasoras, como o javali, anunciada pelo Ibama na última semana de 2023, é vista como um avanço pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). A medida visa promover o manejo adequado e responsável dessas espécies, contribuindo para a segurança pública e a preservação do meio ambiente.

Essa iniciativa foi uma das prioridades da ABCS no ano anterior, sendo trabalhada em conjunto com os deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e outras entidades do agronegócio. O presidente da associação, Marcelo Lopes, destaca a importância da decisão do Ibama para reforçar o controle sanitário na produção suinícola, pois o javali causa prejuízos à produção agrícola e representa riscos sanitários à suinocultura.

Ana Paula Cenci, gerente de relações governamentais da entidade, destaca o trabalho nos bastidores com parlamentares e entidades parceiras para esclarecer que a caça é a forma mais eficaz de manejo no momento, controlando o crescimento exponencial dos javalis e prevenindo a propagação de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) da Zona Não Livre (ZnL) para a Zona Livre (ZL). Ela ressalta a importância de evitar a entrada da PSC na ZL, pois afetaria significativamente as exportações de carne suína.

A ABCS, por meio do Instituto Pensar Agro, provocou a urgência do tema e a necessidade de trabalhar o Projeto de Lei 3384/2021, atualmente na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados. Esse projeto autoriza o controle populacional de espécies exóticas invasoras nocivas, estabelece condições para o consumo, distribuição e comercialização de produtos resultantes do abate desses animais.

Ana Paula Cenci explica que a ABCS apoia a caça como meio de controle populacional, mas é contrária à comercialização desses subprodutos sem a devida inspeção sanitária dos órgãos governamentais para evitar a propagação de doenças transmissíveis aos suínos. A entidade participou de reuniões no gabinete do relator do projeto e parlamentares membros da Frente de Defesa dos Animais, esclarecendo que, junto com a Embrapa e o Ministério, busca alternativas de manejo, sendo a caça a mais eficiente diante do crescimento exponencial das espécies exóticas.

As discussões sobre esse tema entre representantes do governo, parlamentares, setor produtivo e ONGs resultaram em Audiências Públicas na Câmara dos Deputados e estabeleceram um diálogo mais técnico e efetivo com o Ibama. Em 2024, o Projeto continuará em análise na Câmara dos Deputados, e a ABCS seguirá acompanhando o desenvolvimento do tema.