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Sustentabilidade

Uso de minidigestores cresce nas granjas de suinícolas da Europa

Vinibiodigestor | Fazenda Sertâozinho
Vinibiodigestor | Fazenda Sertâozinho


O uso de minidigestores está em ascensão nas explorações suinícolas europeias, trazendo benefícios ambientais e econômicos. A empresa belga Biolectric lidera esse movimento, com digestores em várias fazendas de suínos pela Europa. Esses dispositivos convertem metano em eletricidade, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa e diminuindo odores associados ao esterco.

Os minidigestores são uma alternativa econômica e menos burocrática comparada aos grandes digestores. Eles exigem apenas uma licença simples para instalação e são pré-construídos, o que facilita e acelera o processo. Projetados para funcionar exclusivamente com esterco, esses minidigestores evitam a necessidade de materiais não agrícolas, como gorduras, para a manutenção das bactérias.

Expansão do Uso de Minidigestores

A Biolectric instalou mais de 350 minidigestores em fazendas leiteiras e agora tem 20 unidades operando em fazendas de suínos na Europa, com novas instalações planejadas na Itália, Países Baixos, Flandres e França.

Capacidade e Tipos de Produção

Uma fazenda com 1.500 a 4.500 suínos de engorda pode sustentar um minidigestor que gera 33 kW de eletricidade. A Polônia lidera a adoção de minidigestores, com 15 instalações concluídas e mais 5 em andamento, em parceria com a Naturalna Energia.plus. A necessidade de certificação de pegada de carbono e as restrições sazonais de fertilização incentivam os produtores poloneses a adotar esses sistemas.

Benefícios e Automatização

O uso de minidigestores oferece um sistema altamente automatizado, demandando apenas 15 minutos diários do agricultor. A aplicação “MyBiolectric” permite monitorar em tempo real a produção de eletricidade e otimizar a operação, combinando a produção de calor com as necessidades da fazenda.

Funcionamento dos Biodigestores

Os biodigestores são tanques isolados onde o esterco é misturado e aquecido a cerca de 40°C, mantendo as bactérias anaeróbicas ativas. O metano produzido é transformado em eletricidade, com o calor residual aquecendo celeiros. O digerido fluido pode ser usado como fertilizante e o digerido seco como cama para gado.