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Abate de suínos bate recorde no segundo trimestre

De acordo com o IBGE o aumento da produção de carne suína, conjugado à redução do<br />volume exportado na comparação anual aumentou a participação da disponibilidade<br />interna da proteína. 

Abate de suínos bate recorde no segundo trimestre

De acordo com as  estatística da produção pecuária divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), No 2º trimestre de 2022, foram abatidas 14,07 milhões de cabeças de suínos, representando aumentos de 7,2% em relação ao mesmo período de 2021 e de 3,0% na comparação com o 1° trimestre de 2022. Em uma comparação mensal, foram registrados os melhores resultados do abate de suínos para os meses de abril, maio e junho, propiciando recorde trimestral da série histórica desde que a Pesquisa foi iniciada em 1997. O aumento da produção de carne suína, conjugado à redução do volume exportado na comparação anual aumentou a participação da disponibilidade interna da proteína. O aumento da oferta num cenário de demanda enfraquecida por conta do menor poder aquisitivo das famílias contribuiu para preços pagos ao produtor mais baixos (Cepea/Esalq) na comparação com o mesmo período do ano passado.

Evolução do abate de suínos por trimestre – Brasil – trimestres 2017-2022

Fonte INGE

Segundo o relatório O peso acumulado das carcaças alcançou 1,31 milhão de toneladas, no 2º trimestre de 2022, representando aumentos de 6,6% em relação ao mesmo período de 2021 e de 4,9% na comparação com o 1° trimestre de 2022. O peso médio de carcaças foi de 92,9 kg, queda de 0,6% em relação ao 2° trimestre de 2021 (93,4 kg)

Santa Catarina na liderança

No ranking das UFs, Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 28,4% da participação nacional, seguido por Paraná (20,9%) e Rio Grande do Sul (17,1%). 

A Região Sul respondeu por 66,3% do abate nacional de suínos, no 2º trimestre de 2022, seguida pela Sudeste (18,7%), Centro-Oeste (13,7%), Nordeste (1,1%) e Norte (0,2%).

A publicação aponta que o abate de 941,95 mil cabeças de suínos a mais no 2º trimestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 19 das 25 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre os estados com
participação de ao menos 1,0%, ocorreram aumentos em: Santa Catarina (+270,04 mil cabeças), Paraná (+258,35 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+108,05 mil cabeças), São Paulo (+103,45 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+78,29 mil cabeças), Minas Gerais (+75,68 mil cabeças) e Goiás (+43,49 mil cabeças). Em contrapartida, a queda mais expressiva ocorreu em: Mato Grosso (-40,26 mil cabeças).

Ranking e variação anual do abate de suínos – Unidades da Federação – 2°s trimestres de 2021 e 2022

IBGE

 

O relatório aponta ainda que a maior parte do abate de suínos ocorreu em estabelecimentos de grande porte, que abateram mais de 500 animais/dia (13,0% do total de estabelecimentos) e foram responsáveis por 84,6% do número total de animais abatidos no 2º trimestre de 2022

Participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, no 2º trimestre de 2022, 584 informantes do abate de suínos. Destes, 91 (15,6%) possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 234 (40,1%) o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 259 (44,3%) o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 84,2%, 14,3% e 1,5% do peso acumulado das carcaças de suínos produzidas no País. Amapá e Roraima foram as únicas Unidades da Federação que não tiveram abate de suínos sob algum tipo de inspeção sanitária.